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CHespecial #21 (07/02/2011)


gberriel

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mas um amigo meu mais velho

e não tem medo de múmia?

Aqui o amigo dele:

Sarcofago_aberto.jpg

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

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[Andy]Página de mer**![/Andy]

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1992, lembro como se fosse hoje, era o meu auge como fã. De tão feliz que fiquei com os tantíssimos episódios que regressaram e principalmente que estrearam, só depois de umas 2 exibições (na época passava em dois horários), percebi que muitos dos episódios regulares sumiram. A animação foi toda embora...

Lembro que, na exibição do meio-dia, começaram essas novas exibições com a saga da Sociedade. E, no final da tarde, com o regresso de Caçando Lagartixas, seguido pela saga do Sapateiro (onde não exibiram a parte 2) e pelo Seu Madruga Leiteiro. Durante muitos anos eles mantiveram uma certa ordem de exibição.

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Essas palavras do Rufino Rufião são valiosas e ficam como prefácio do CHespecial #16:

1992, lembro como se fosse hoje, era o meu auge como fã. De tão feliz que fiquei com os tantíssimos episódios que regressaram e principalmente que estrearam, só depois de umas 2 exibições (na época passava em dois horários), percebi que muitos dos episódios regulares sumiram. A animação foi toda embora...

Lembro que, na exibição do meio-dia, começaram essas novas exibições com a saga da Sociedade. E, no final da tarde, com o regresso de Caçando Lagartixas, seguido pela saga do Sapateiro (onde não exibiram a parte 2) e pelo Seu Madruga Leiteiro. Durante muitos anos eles mantiveram uma certa ordem de exibição.

Perfeito! Isso bate certinho com minhas anotações, Rufino, e tb com as do Leandro Morena. Tenho toda a ordem dessas exibições aqui. Começou com Caçando Lagartixas, depois saga do sapateiro (como vc disse, não exibiram a parte 2, no dia seguinte eles exibiram novamente a parte 1...), depois Seu Madruga leiteiro; Saga dos refrescos; a lavadora; matando aula; Seu Madruga carpinteiro; saga dos álbuns de fotografias; Quico doente; e por aí vai... Bons tempos quando sabíamos direitinho qual seria o episódio do dia seguinte!

E vamos ao...

CHespecial número 16

1992, parte 3 (perdida): A Lista de CHindler

Aos queridos e estimados fãs brasileiros de Chespirito:

Fico feliz por acompanharem o CHespecial 25 anos até aqui. Já chegamos em nossa décima sexta edição! Coloquei o apelido de "Lista de Chindler" à lista dos episódios que desapareceram em 1992. Os chamados "perdidos" de 1992 são o principal alvo do grande Movimento Volta Perdidos CH (www.voltaperdidosch.com). O líder do movimento, Eduardo Gouvêa, além de colaborar diretamente com o Guia do Berry, assina junto comigo este que é o capítulo do CHespecial mais importante para a história do extermínio de episódios que ficou conhecido entre os fãs e agora na mídia como OS EPISÓDIOS PERDIDOS no Brasil.

As vítimas foram, em sua maioria, do lote de 88... Este lote foi praticamente todo extinto. Mas também houve uma baixa muito grande (vocês já tinham visto antes alguma baixa muito grande?) no lote de 84. E até o lote de 90 foi afetado.

Mas essas vítimas podem ter sobrevivido ao Holocausto de 92 e acreditamos que ainda estejam vivas, escondidas no campo de concentração Anhanguera.

Bem, pelo menos algumas delas já foram resgatadas... Há alguns ex-perdidos (dez) nesta lista. Os oito de 2003 e mais dois que voltaram por volta de 2000, à tarde, após o Festival de desenhos (quando também estreou a parte 1 da Falta d'água versão 2, mas disso falaremos depois).

A LISTA DE CHINDLER

ou episódios que deixaram de ser exibidos em 1992

A) Lote de 84 (19 vítimas)

84.7 O despejo do Seu Madruga (1974)

84.8 Quico doente (1974)

84.12 Seu Madruga fotógrafo, parte 1 (1977) - EX-PERDIDO (2003)

84.21 Os insetos do Chaves (1975)

84.23 As novas vizinhas, parte 3 (1975)

84.24 A insônia do Seu Madruga, parte 2 (1974)

84.25 Seu Madruga apaixonado, parte 4 (1975)

84.31 Brincando de atropelamento (1975)

84.36 Gente sim, animal não (1977)

84.37 O retorno da Chiquinha (1977)

84.38 Uma ajuda para a Cruz Vermelha (1974)

84.46 Caçando ratos, parte 3 - Os gatinhos (1979)

84.52 O professor apaixonado (1977) - EX-PERDIDO (antes de 2003)

84.69 As panquecas da Dona Clotilde (1977)

84.71 Os chifres queimados do professor Girafales (1978) - EX-PERDIDO (2003)

84.72 O fantasma do Seu Barriga (1977) - EX-PERDIDO (2003)

84.75 A chirimoia (1978) - EX-PERDIDO (2003)

(85.1) Aritmética ou geometria? (1979)

(85.4) O bilhete de loteria (1979)

B) Lote de 88 (25 vítimas)

88.1 O velho do saco, parte 1 (1975)

88.2 O velho do saco, parte 2 (1975)

88.3 Os espíritos zombeteiros, parte 1 (1974)

88.4 Os espíritos zombeteiros, parte 2 (1974)

88.5 [Os ladrões assaltam a casa da velha] + Jogando beisebol (1974)

88.6 [O mendigo da praça] + O homem da roupa velha (1973)

...+88.7 (exibido junto com o anterior, mas vou contar separadamente) A moeda perdida (1973)

88.9 As novas vizinhas, parte 1 (1973)

...+88.10 (colado com o anterior) As novas vizinhas, parte 2 (1973)

88.11 [Dr. Chapatin "A indigestão"] + As novas vizinhas, parte 3 (1973)

88.12 [Chespirito mordomo] + Seu Madruga pintor (1973)

88.13 [Os ladrões e a velhinha valente] + Os barquinhos de papel (1973)

88.14 O disco voador (1974)

88.19 O Dia da Independência (1975)

88.20 Pai por algumas horas (1973)

88.22 Caçando churruminos (1979) - EX-PERDIDO (2003)

88.26 O radinho do Quico (1975)

88.30 Sujando a roupa do Quico (1973) + [O marinheiro enjoado] (1973)

88.31 Os balões (1973) + [Dom Quixote] (1974) + [Chespirito procura emprego] (1973)

*Sobre Dom Quixote: "Esse sketch, depois de ter se tornado perdido, passou isoladamente por volta de 1994 ou 1995. Eu vi duas das três exibições dele. A primeira eu não sei... (quando começou, estava na hora de sair p'ra escola e só vi a meteda do sketch) A segunda vez ele passou e depois foi ao ar 'As paredes de gesso'. A terceira - e última - antecedeu 'Seu Madruga carpinteiro - preparando o grude' " (Valette)

88.34 Seu Madroga, o primo do Seu Madruga (1975)

88.35 A troca de chapéus (1974) - EX-PERDIDO (2003)

88.36 O velho do saco, parte 3 (1975) - sem a Chiquinha

88.37 Os toureiros (1973)

88.38 [Os ladrões assaltam o homem sem querer] + A bandinha da vila (1973)

88.39 Sem pichorra não tem festa [1973]

C) Lote de 90 (3 vítimas)

* Não vou contar os que tiveram exibição única em 1990, porque eles se tornaram perdidos naquele mesmíssimo ano. [Conferir o CHespecial 11 y 12]

90.16 Novas vizinhas - Paty e Glória, parte 1 - Errar é humano (1978) - EX-PERDIDO (antes de 2003)

90.18 O homem da roupa velha - Quem descola o dedo da bola, número 2 = parte 3 (1978) - EX-PERDIDO (2003)

90.19 O cachorrinho (1979) - EX-PERDIDO (2003)

Total de episódios perdidos em 1992: 47

47???

Pois sim.

O mesmíssimo número de episódios que estrearam em 1992!!!

Parece mentira... MAS NÃO É!

Episódios que voltaram a ser exibidos em 1992:

Alguns deles estavam "perdidos" desde 86! Na época, lembro que muita gente pensou que alguns fossem inéditos. Até discuti com um amigo meu na escola! rs

84.1 Caçando lagartixas (1976)

84.3 Seu Madruga leiteiro (1973) - sem a esqute dos ladrões (assaltando o bar)! (aqui cabe um maravilhoso comentário do Valette: "Chega a ser engraçado... Eles justificam os perdidos pela enchente. Então, nesse caso, a enchente veio, levou o sketch e deixou o episódio, certo?")

84.11 A falta d'água, parte 2 (1977) volta "colada" na versão 1, como se fossem duas partes de uma saga.

84.13 O restaurante de Dona Florinda (1979)

84.32 Pasteizinhos (1975)

84.33 O tecido do Sr. Barriga (1977)

84.34 O curto circuito (1977)

84.39 Pintando o sete, parte 2 (1976) - voltou com nova dublagem.

84.40 Uma ajuda para a Cruz Vermelha (1979)

(85.2) Nasce uma bisavó (1979)

(85.3) O protesto de Dona Neves (1979)

88.8 A falta d'água (1974)

Guia do Berry

por Gustavo Berriel, Leandro Morena e Eduardo Gouvêa

Agradecimentos: Fabão, E.R., Mestre Maciel, Lippe, Rene, Seidl, Fórum Único Chespirito, Fórum Chaves e Fã Clube CHESPIRITO Brasil.

Até a parte 4, com muitissississíssimas curiosidades raras ainda sobre o ano de 1992! Imperdível!

BERRY

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O sbt sempre inventou moda, mas foi em 1992 que alguém lá teve que trabalhar bastante, para "organizar" as exibições. Não foi só um estréia esses e cancela aqueles, como muita gente pode pensar. Foi também a organização das sagas, da nova ordem de exibição (com substituição de versões), etc. Hoje, para nós que temos guias de episódios com ordem cronológica, é fácil. Imagine na época, só com os episódios nas mãos, com bagunça total, alguns com até 3 edições (3 dublagens). Botaram ordem na bagaça, do jeito deles. O resultado foi o sumiço de todos os esquetes de outros personagens, de todos os esquetes curtos de Chaves, de versões repetidas, e de boa parte dos episódios antigos.

Hoje quase metade dos episódios em exibição são das temporadas de 1978 e 1979, as últimas. Os das primeiras temporadas (72, 73 e 74) sumiram quase todos do mapa. Sobraram só 2 episódios de 1973 e alguns poucos de 1974 (hoje são 9, com o retorno de Chiclete no Chapéu e Ratinho do Quico, e o cancelamento de Falta D'água Versão 1, Mal Entendidos Versão 1 e O Professor Apaixonado Versão 1).

Curiosamente, o mesmo cara que teve tanto trabalho para "organizar" as exibições de Chaves, não fez o mesmo com Chapolin. Nem estreou os novos episódios, nem cancelou os antigos na época. Vai entender...

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CHespecial número 17

1992, parte 4 (final)

Chegamos à última parte da saga de 1992 e vamos fechá-la com "chaves" de ouro. Como vocês viram, em 1992 alguém lá no SBT resolver "organizar" todo o acervo de exibição de Chaves, mas acabou fazendo na verdade uma grande confusão. Na tentativa de substituir versões antigas pelas novas, acabaram descartando várias histórias diferentes, com final e elenco distintos... Também uniram partes de versões diferentes em uma mesma saga. Cortaram os quadros (esquetes) de Chespirito que acompanhavam os episódios. Redublaram tantos outros capítulos. E simplesmente sumiram com outra boa parte deles, sem justificativa. O resultado foi um montão de episódios perdidos, ou seja, cancelados em 92, que nunca mais voltaram ao ar. É por eles que os fãs lutam hoje no movimento Volta Perdidos (www.voltaperdidosch.com - entrem no site e assinem o abaixo-assinado que chegará ao SBT).

AS SUBSTITUIÇÕES

(">" = entra; "<" = sai)

Muitos episódios deixaram de ser exibidos em 1992 e, em seu lugar, entraram remakes da mesma história. Esses portanto, são os episódios perdidos mais explicados, porém não justificados, porque isso não é aprovado pelos fãs, já que as histórias nunca são totalmente iguais nem são com os mesmos atores. Vamos ver quais são:

entra em campo> Seu Madruga sapateiro (1978)

vai pro banco< a versão antiga

campo> Seu Madruga leiteiro

banco< (pode ser considerada uma versão alternativa ao episódio dos) Ratos parte 3 - dando leite aos gatinhos.

> Refrescos do Chaves (1977)

< versão antiga

> Seu Madruga carpinteiro (1977)

< versão antiga

> O despejo do Seu Madruga (1977)

< versão antiga

> Quico doente (1976)

< versão antiga (com Seu Madruga)

> Seu Madruga fotógrafo parte 2 (1977)

< (ABSURDO: consideraram que este episódio substituiria o que na verdade era a) parte 1 de Seu Madruga fotógrafo (1977)

> Na ponta dos pés

< Os insetos (versão antiga)

> Novas vizinhas (1978)

< versões antigas

> Cupido ataca de novo (1978)

< versões antigas

> Um banho para o Chaves (1979)

< versão antiga

> As pessoas boas devem amar seus inimigos (1978)

< versão antiga

> Gente sim, animal não (1974)

< versão mais nova

> O velho do saco (1978)

< versão antiga

> O velho do saco parte 2

< versão antiga

> O retorno da Chiquinha (1975)

< versão mais nova (1977)

> Pintando a vila parte 1 (1976)

< versão antiga

> O professor apaixonado (1974)

< versão mais nova (1977)

> Uma ajuda para a cruz vermelha (Dona Neves) (1979)

< versão antiga

> Quico preso na caixa (1977)

< versão antiga (Seu Madroga)

> Os toureadores (1976)

< versão antiga

> Os barquinhos de papel (1976)

< versão antiga

> Roupa limpa suja-se em casa (1976)

< versão antiga

> Aula de canto (1977)

< (pode ser considerada uma versão alternativa ao episódio) Bandinha na vila (1973)

> O disco voador (1977)

< versão antiga

> Pai por algumas horas (1978)

< versão antiga

> Festa da Boa Vizinhança parte 1 (1976)

< Festinha na vila (1973)

> A carabina (1979)

< versão antiga

> Estatísticas parte 2 - Perna quebrada (1978)

< (pode ser considerada versão alternativa ao) Brincando de atropelamento (com linguiças) (1975)

> O dinheiro perdido (1978)

< versão antiga

> Invisibilidade (1976)

< versão antiga (O Homem Invisível) (1974)

> Dia da Independência, parte 1

< versão antiga

> Insônia do Seu Madruga (1977)

< versão antiga

E agora a pergunta que nunca se calou... E os episódios cancelados que não tinham uma versão substituta??? Como O MISTÉRIO DOS PRATOS QUE DESAPARECEM (Espíritos Zombeteiros) e vários outros! Francamente!! Francamente!!

O roubo dos quadros

Não, não se trata de um episódio inédito de Chapolin, eu estou falando do sumiço dos quadros (esquetes) de Chespirito. De fato, todos os quadros de Chespirito que antecediam episódios de Chaves foram simplesmente deletados em 1992. Curiosamente, os do Chapolin (lote de 84) foram mantidos...

Aos domingos

Em outubro de 92, Chaves passou a ser exibido também aos domingos!

O Diário Popular

Este jornal respondia a cartas de leitores e uma delas, publicada em outubro de 92, perguntava: "Em que ano foi feito o programa Chaves e quem ainda está vivo?". A resposta: "O seriado estreou na TV mexicana em 1969 e do elenco apenas Ramón Valdez, o Seu Madruga, faleceu há alguns anos."

EXTRAS!!

Outro fato curioso que aconteceu em 92 com os episódios foi o reaparecimento de cenas que haviam sido cortadas dos episódios do lote de 84. Não me refiro aos cortes absurdos do SBT a partir de 2000 para encurtar os episódios e sim a cortes precisos, de cenas inteiras ou trechos do episódio, como as que vou citar a seguir.

No episódio CAÇANDO LAGARTIXAS, estava cortada por muitos anos (desde as primeiras exibições até 1992) a cena em que o Professor Girafales pensa que o Chaves matou o Seu Madruga. Essa cena volta em 92.

No episódio FILMES DE TERROR, há uma cena, cortada durante tantos anos, na qual a maçaneta da porta da casa do Seu Madruga se mexe e o Chaves morre de medo. Tal cena reaparece também.

Em AMARELINHAS E BALÕES, o terceiro bloco sempre começava já com o Professor Girafales mancando e a Bruxa do 71 pensando que ele pulava amarelinha. Só em 92 este episódio é exibido totalmente sem cortes (e com nova dublagem).

UM BANHO PARA O CHAVES (1979) sempre acabava com o Professor Girafales jogando a água no barril. Aí já tocava a música de final e não aparecia mais o Chavinho saindo do barril e falando ao telespectador sobre a importância de se tomar banho. Essa cena é novamente incluída em 92. Outra curiosidade é que, no terceiro bloco deste mesmo episódio, logo no comecinho aparecia no canto esquerdo do vídeo uma enorme letra A em cor verde. Em 92 o episódio volta sem a misteriosa letra A (e com nova dublagem também!).

Outros episódios com cenas cortadas que foram recuperadas em 92: MATANDO AULA; A LAVADORA; O CABELEIREIRO...

>>> No entanto, episódios que não tinham cenas deletadas, por sua vez, começaram a ser cortados...

É o caso de A CATAPORA DA CHIQUINHA. Só até mais ou menos o primeiro semestre de 92 havia a cena em que o Chaves leva a travesseirada na cara, cai da janela, depois entra novamente na casa e pega a almofada. Esta cena foi cortada.

No episódio do PARQUE, cortaram a cena final. Até metade do ano de 92 era exibida normalmente a cena que acontece após a canção "Quando me dizes". É o Chaves atirando com a espingarda e acertando o chapéu do Professor Girafales. E segue o diálogo: "Gosta de parques, Dona Florinda?" E ela: "Me fascinam..." (rsrs!!)

A partir da segunda metade de 92, o episódio termina logo após a canção do casal. Por outro lado, durante a canção havia cenas cortadas que voltaram em 92!

Em EU SOU A MOSCA QUE CAIU NA SUA SOPA ("Eu a convidoei"), é cortada a cena do começo (diálogo entre Chaves e Dona Florinda). O episódio começa direto com a Dona Clotilde no restaurante.

Em 92, foram cortados os créditos final do episódio do DIA DAS CRIANÇAS.

NATAL NA CASA DO SR. BARRIGA parte 2 começou a ser exibido com cortes também: diálogo entre Jaiminho e Professor Girafales na vila; Chaves e Chiquinha no quarto do Nhonho; Chaves de pijamas. ("Que solidão vai sentir dentro do pijama...")

E assim, filhotes, chegamos ao fim de mais um capítulo do CHespecial 25 anos, fechando o polêmico ano de 1992, tão importante para os chavesmaníacos, não só brasileiros, como de todo o mundo! Afinal e além de tudo, 1992 foi o último ano de gravação de CHAVES (últimos quadros de Chaves do programa Chespirito).

Até 1993!!!

Berry

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  • 2 meses depois...

CHespecial #18

história sem fim

Muitos achavam que eu não escreveria mais, mas aqui estou! =) (aaaaah, nããããão!!!)

Começa agora a segunda e última etapa do CHespecial 25 Anos, um conjunto de colunas em formato cronológico homenageando os 25 anos de "Chaves" no Brasil.

E se bem me lembro e não me engano, concluímos o ano de 1992 no número anterior.

1993

Este ano marcou o fim das gravações de "Chapolin" no programa Chespirito. Roberto Bolaños já não se sentia à vontade vestido de Chapolin. Ele não tinha mais aquela agilidade nem a leveza de outros tempos. Os quadros de Chapolin foram ficando muito "parados", mais centrados no texto, com poucas ações. E Chespirito percebeu que era a hora de dar o adeus definitivo ao herói número 1 da América Latina.

"A História da Velha Mina do Século XVIII Que Está a Ponto de Desmoronar". Este é o título gigante do último episódio gravado do Chapolin, que foi ao ar no SBT em 2001, no Clube do Chaves.

O mestre Cantinflas morreu em 1993, deixando muita saudade, mas também um legado enorme para o humor mundial. Chespirito é um de seus grandes representantes, seu amigo, seu súdito.

No Brasil, enquanto isso, Chaves e Chapolin eram sucesso em toda a parte. A Chavesmania estava de volta, eufórica. Nasceu o Disque-Chaves... Ou TeleChaves. No comercial, aquela musiquinha inesquecível: "Se você quiser conversar com o Chaves, pegue o telefone e ligue para ele... O Chaves vai contar histórias pra você ouviiiiiir...." Aaaa... Nostálgico!

Episódio inédito em 93!?

- Sim, o Dia dos Namorados! Estreou em 93 e suas cenas apareceram pela primeira vez no comercial do Disque-Chaves.

A volta de um perdido: (- Existem!!! Existem os discos voadores e os episódios perdidos!!)

- Ano Novo, primeira versão, exibido no final do ano, claro. A partir de 93, os dois episódios (ano novo na casa do Seu Madruga e na casa da Dona Florinda) passaram a ser exibidos no final de cada ano.

Mudança da abertura

Em 93, a abertura do Chaves e do Chapolin mudaram para essas que a gente tem a impressão de conhecer há mais de 200 anos... Não são 200, mas já são 17 anos com essas aberturas! Os créditos da música de abertura "nova" de 93 são de Mário Lúcio de Freitas, compositor de muitas outras aberturas que se tornaram clássicas (desenhos, seriados, novelas...).

Em janeiro de 93, a saga do Natal na casa do Sr. Barriga foi exibida até a parte 3; e também foi exibido o episódio do Dia das Crianças.

Confira agora uma programação de DOMINGO do SBT em 1993:

7h30 Pesca e Cia.

8h30 Esporte Mágico

9h Inspetor Buginganga

9h30 Duck Tales

10h Os filhos de Tom & Jerry

11h Pica-Pau

11h40 Punky

12h10 CHAVES

12h40 Programa Silvio Santos

23h30 Sessão das Dez

1h SBT Esportes

Em junho de 93, o Chaves saiu dos domingos.

1994

Acho que ninguém no Brasil ficou sabendo da morte de Angelines Fernández (Dona Clotilde) e Raúl Padilla (Jaiminho) naquele triste ano de 94 em que o elenco do programa Chespirito ficou definitivamente desfalcado e não teve jeito... Durou só mais alguns meses e acabou de vez em 1995. Foi o fim de uma era que durou mais de 25 anos. Mas que, na verdade, não acabou. A partir de 95, os programas de Chespirito seriam reprisados para sempre e conquistariam novos milhares de fãs em todas as partes do mundo, ano após ano.

Neste mesmo ano, María Antonieta de las Nieves começou a idealizar um programa solo, "Aqui Está la Chilindrina". Como Chespirito não gravava mais "Chaves", María Antonieta entrou num acordo com ele para continuar fazendo a Chiquinha em programas de TV, filmes e shows. E foi o que aconteceu. No começo, Chespirito dava total apoio à Antonieta. Pena que, mais tarde, este acordo foi quebrado e vamos ver como tudo isso aconteceu nos próximos capítulos...

De qualquer forma, as gravações do programa da Chiquinha começaram em 94, com os devidos créditos a Chespirito na abertura do programa. Nesse começo, Rubén Aguirre foi um dos responsáveis pela produção do programa. Não havia, portanto, nenhuma oposição de Chespirito nem de outros membros do elenco ao programa da Chiquinha; pelo contrário, ela foi apoiada por todos para seguir seu trabalho com a Chiquinha.

O SBT voltou a exibir Chaves aos domingos em 94, por algum tempo, ao meio-dia.

1995

"CHAVES, SUCESSO DO SBT, ENCERRA CARREIRA DE 25 ANOS" - dizia uma das manchetes do Estado de São Paulo.

Bem, dizia eu que o programa Chespirito acabou em 1995. Este ano representa o fim de uma era (isso eu já disse...), não só porque acabou o programa, mas também pela morte do melhor dublador de todos os tempos!

Esta foi a mais irreparável perda para os fãs brasileiros: Marcelo Gastaldi, o clássico dublador de Chespirito. Como sua morte foi repentina (Gastaldi adoeceu muito rápido e faleceu em questão de dias), começou a circular o boato de que ele morreu de acidente - de carro ou atropelado, houve as duas versões, ambas falsas.

Eu tive uma experiência muito particular, que vou revelar a vocês agora. Em 95 (eu tinha 11 anos), sonhei que o Chaves tinha morrido (eu lia em todos os jornais: "Chaves morre!", "O Chaves morreu", e só havia essa notícia nos jornais, ocupando todo o espaço das folhas). Acordei assustado e com uma tristeza muito grande. E escrevi aquilo em meu diário (sim, eu escrevia em diários... e quem disse que parei de escrever? rs). Sempre me emociono falando sobre isso, mas quando fiquei sabendo do dia da morte do Gastaldi, muito tempo depois, pela própria Olga Gastaldi (esposa), eu vi que foi exatamente no mesmo dia em que tive aquele pesadelo. Isso não vem muito ao caso, mas sinto uma ligação, acredito nisso.

Em outras ocasiões, inclusive recentemente, senti a presença espiritual do Gastaldi, mas isso é muito pessoal, não entro em detalhes abertamente. Eu gostaria tanto de ter conhecido o Marcelo e ele sabe disso, sabe o quanto o admiro, sabe o quanto é amado por muitos fãs que ele conquista até hoje. E sei que ele está bem. Ele ficou extremamente feliz com a homenagem que fizemos a ele no evento Festival da Boa Vizinhança, em 2005.

Bem...

Em 95, o SBT deu adeus aos estúdios da Vila Guilherme e se estabeleceu no gigantesco complexo Anhanguera. Era uma fase dourada para Silvio Santos e o SBT era segundo lugar disparado na audiência, chegando ao primeiro lugar em alguns horários.

A distribuidora Alphaview lançou, em 1995, sete fitas de vídeo do Chaves, cada uma com dois episódios. Em outubro, mês das crianças, lançou a oitava e última fita, Chaves volume 8. Em todas essas fitas, o primeiro episódio contém a abertura mas não os créditos, e o segundo vem seguido dos créditos, mas sem a abertura.

Fitas da Alphaview

Volume 1

1) 90.27 Um astro cai na vila (1979)

2) 92.26 A carabina (1979)

Vol. 2

1) 88.37 Os toureiros (1973)

2) 92.46 A venda da vila, parte 1 (1977)

Vol. 3

1) 84.24 A insônia do Seu Madruga (1974)

2) 84.66 Bilhetes trocados (1977) * com nova dublagem!

Vol. 4

1) 92.18 A casinha do Quico (1977)

2) 84.55 Amarelinhas e balões (1977)

Vol. 5

1) 88.23 O belo adormecido (1975)

2) 86.1 Tocando violão (1975) * com a dublagem mais antiga!

Vol. 6

1) 92.31 Invisibilidade (1976)

2) 90.26 O ladrão da vila (1976)

Vol. 7

1) 88.43 Prova de aritmética (1979)

2) 88.44 Dia das Crianças (1979)

Vol. 8

1) 92.17 Roupa limpa suja-se em casa (1976)

2) 92.35 O futebol americano (1976)

E por enquanto é só, amiguinhos! =)

Aguardem o capítulo 19 do CHespecial, que não vai voltar a demorar, digo, demorar a voltar... Aliás, já me perguntaram isso algumas vezes, esta saga terá um total de 25 capítulos! ;)

Por favor senhores moderadores... Toda vez que eu atualizava este tópico com um novo capítulo, eu mudava o título do tópico com o novo número, editando o primeiro post. agora não consigo mais fazer isso! :( HELP!

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  • 2 semanas depois...

Recontrapuxa! Vejam quanto Berriel tem o senhor conhecimento! Digo... Digo... Só agora que consegui devorar todo o tópico, achei incrível! Finalmente nós, fãs-CH temos a nossa disposição um documento tão completo e fiel de toda epopéia Chavesmaníaca. Seus textos tem uma riqueza e precisão de informações que eu ainda não tinha visto em nenhuma página CH. Só é uma pena que parou... Você vai continuar? Anda, diz que sim, não custa nada, anda, só mais um pouquinho, anda, diz que sim, diz que sim, siiiiiiim?

PS. Há quase um mês eu assinei o abaixo-assinado do Movimento Volta Perdidos pois sou também dos que sonham com a volta dos perdidos. Só goataria de saber como anda o movimento atualmente.

Abraço Berriel!

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Confira agora uma programação de DOMINGO do SBT em 1993:

7h30 Pesca e Cia.

8h30 Esporte Mágico

9h Inspetor Buginganga

9h30 Duck Tales

10h Os filhos de Tom & Jerry

11h Pica-Pau

11h40 Punky

12h10 CHAVES

12h40 Programa Silvio Santos

23h30 Sessão das Dez

1h SBT Esportes

Em junho de 93, o Chaves saiu dos domingos.

Nem parece os domingos de hoje em dia...

Que saudade..

Boa Berriel! Aguardo as novidades (nem tão novas :P) do CHespecial!!

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  • 3 meses depois...

CHespecial 25 anos

capítulo 19

...1996, 97, 98...

1996

O ano de 96 foi muito marcante pra mim porque eu era, ainda sou, fã dos Mamonas Assassinas... Fiquei muito, muito triste e impressionado com a morte deles.

Como vocês sabem, eles também adoravam Chaves e Chapolin. E até usavam o uniforme do Chapolin em shows e apresentações.

Naquela época, acredito que por causa dos Mamonas também, começou uma modinha de camisas do Chapolin Colorado. Os bebês que cresceram vendo as séries, agora adolescentes e jovens, passaram literalmente a "vestir a camisa" dos seriados, estampando no peito, com muito orgulho, o famoso coração CH.

Um novo álbum de figurinhas foi lançado naquele ano. Dessa vez, com fotos de episódios do 'Chaves'.

96 representa o fim de uma era, pois naquele ano já não seria mais gravado o programa Chespirito.

Kiko (Carlos Villagrán) veio ao Brasil com seu show e se apresentou em várias cidades do Sul e também esteve em São Paulo para participar de programas do SBT. Ele foi ao Programa Livre com Serginho Groisman e também foi entrevistado pelo Jô Soares. Em 96, "Chaves" era exibido duas vezes ao dia no SBT.

Eu estava no meu quarto lendo um livro. A moça que trabalhava aqui em casa na época, a Francisca, gritou, lá da sala: "Gustavo, olha o Kiko!!". Então eu vi o Kiko no Programa Livre e pensei comigo mesmo, ''como eu gostaria de estar lá, perto dele agora, como aquelas pessoas, e poder dizer o quanto o admiro..."

Eu falei pra Francisca que um dia eu estaria com o Kiko e ela riu da minha cara.

Diante de Serginho Groisman, Villagrán provou aos brasileiros que não usa nada nas bochechas para fazer o personagem. No programa do Jô, Kiko deu um show de humor, agradando uma considerada exigente plateia.

Aproveitando o sucesso do Kiko no Brasil, surgiu um espertalhão se passando pelo Kiko. Esse homem percorreu cidades do sul do país fingindo ser o Kiko e conseguiu enganar muitas pessoas. Chama-se Roberto Vásquez e não merece mais comentários. Lembrando que, naquela época, praticamente ainda não existia Internet no Brasil e as informações sobre "Chaves" eram muito pobres.

María Antonieta de las Nieves, em seus primeiros momentos da carreira solo, descobriu enorme sucesso pois ainda estava super em forma e jovem ainda para dar vida à Chiquinha na TV, no cinema e em shows. A Televisa exibia, em 96, com grande audiência, "Aqui está la Chilindrina". Foram poucos episódios gravados, porém reprisados à exaustão.

Enquanto isso, Chespirito e Florinda Meza atuavam na peça de sucesso absoluto "11 y 12" (escrita pelo próprio Bolaños), fazendo apresentações até em sessões extras para dar conta de tanto público. Florinda também brilhava com sua telenovela "La Dueña" no ar.

Ah, e claro, Michael Jackson gravava o clipe "They don't care about us" no Rio de Janeiro (favela Dona Marta, no morro Santa Marta) e na Bahia (em Salvador, no Pelourinho), junto com o grupo Olodum. Michaeeel, eles não ligam pra gente!!!

E parabéns aos 15 anos do SBT! Confiram essas vinhetas comemorativas de 96:

http://www.youtube.com/watch?v=nnhsOUuW6D0

http://www.youtube.com/watch?v=t_z8iuIBVBg

1997

Florinza Meza produziu, em 97, a telenovela "Alguna Vez Tendremos Alas", na qual atuou Edgar Vivar! As canções desta novela são de Chespirito e a direção ficou a cargo de seu filho, Roberto Gómez Fernández.

O que marcou para os brasileiros foi a estreia do programa Chespirito no Brasil! Em sua divulgação, a rede CNT dizia que se tratava de uma "nova versão do programa Chaves".

Dia primeiro de junho de 1997 (domingo), às 19h: estreia o programa Chespirito na CNT, com quatro quadros: Dr. Chapatin, Chaves (na escolinha), Chômpiras e Chaparron Bonaparte. A abertura e os créditos finais foram exibidos.

O Programa Chespirito era exibido de segunda a sexta em horário nobre, às 20h30m. E aos domingos, mais cedo, às 19h.

Com vocês, senhoras e senhores, um belíssimo texto de meu amigo Eduardo Gouvêa, o Valette Negro, explicando tudo sobre o programa Chespirito. (É que eu quero evitar a fadiga...)

Após a saída de Ramón Valdés (Seu Madruga) e de Carlos Villagrán (Quico) dos seriados, Chespirito continuou a produzir episódios por mais quinze anos. Porém, esses episódios não são aplaudidos de pé como os grandes clássicos de Chaves e Chapolin – até mesmo quadros desses dois personagens foram gravados depois de 1979, sem o mesmo êxito.

Mas o que é exatamente o programa Chespirito? Simples; foi o programa que Chespirito gravou no início da carreira e voltou a gravar em 1980. Consistia em unir os quadros de seus personagens em um único programa – Chaves e Chapolin, no início faziam parte desse programa, mas, devido ao sucesso absoluto, acabaram virando programa individuais, transformando os quadros dos outros personagens em quadros secundários inseridos periodicamente nos programas principais. A partir deste momento, o programa Chespirito deixara de existir.

Chaves e Chapolin foram gravados pelos sete anos seguintes até que o inevitável aconteceu: com a saída de Carlos Villagrán e, posteriormente, de Ramón Valdes das séries, o programa Chespirito ressurgiu.

Dessa vez, Chespirito tirou da manga um trunfo: seu velho personagem Chômpiras ganhava novos e maiores quadros, tornando-se o carro-chefe do programa Chespirito. Outros personagens também foram revividos. E outros foram criados para fazer parte do programa, como Chaparron Bonaparte e Dom Caveira.

Lembremos que no início, Chômpiras fazia parceria com Peterete – interpretado por Ramón Valdes – e, poucas vezes, Botijão – mais tarde parceiro de Chômpiras – apareceu ao lado dos dois.

Quase todos os quadros de Chômpiras tinham duração de quarenta a quarenta e cinco minutos, o que fazia com que o programa do dia tivesse apenas um episódio – quandos os quadros eram curtos, exibia-se até seis ou mais por programa.

Os atores já estavam mais velhos e não tinham mais a agilidade que os consagraram nos anos 70 para correr, pular, cair... Chômpiras é um quadro de piadas textuais, principalmente por parte de Florinda Meza que interpretara Chimoltrúfia, uma mulher de pouca instrução escolar que se dedica muito a falar incorretamente, sendo divertidamente corrigida pelos que estão a sua volta; e também por parte de Rubén Aguirre, que interpretara o desajeitado Refúgio, um desajeitado sargento de polícia, que com suas idiotices sempre crê estar fazendo as coisas corretamente e tenta em vão uma promoção.

Chaparron Bonaparte é outro quadro que não exige agilidade dos atores. São quadros simples e bons; muitas pessoas o consideram o melhor quadros do programa. Chaparron Bonaparte e seu fiel amigo Lucas Tanheda são dois loucos que nem ao menos se dão conta disso e consideram, de forma divertida, que a humanidade inteira, com exceção deles, é que está louca.

Doutor Chapatin era um grande quadro periodicamente inserido nos programas Chaves e Chapolin e que acabou ganhando força maior no programa Chespirito. Seus quadros passaram a ser realizados com maior freqüência – quase em todos os programas de quadros curtos ele aparece. Chapatin é – como todos sabem – um médico veterano, e a coisa quem menos suporta na vida são piadas sobre sua velhice. É apaixonado por sua enfermeira – interpretada por Florinda Meza.

Quando estava próximo do fim do programa Chespirito, mais um personagem fora criado: Dom Caveira – que, por sinal, rendeu pouquíssimos episódios. Trata-se do dono de uma funerária que deseja todas as viúvas que aparecem em seu escritório. Com suas piadas de humor negro, Dom Caveira consegue divertir qualquer telespectador.

Outro personagem que merece destaque é Ciudadáno Gómez, um trabalhador de diversos ramos – cada episódio aparece com um tipo de profissão. Ciudadáno já foi tapeceiro, vendedor de venenos contra ratos... Alguns quadros foram realizados no início da carreira de Chespirito, mas abandonado em seguida, retomando-se no programa Chespirito. Outros quadros especiais foram desenvolvidos por Chespirito ao longo dos anos. Ele interpretou grandes personalidades históricas como: Júlio César, Napoleão Bonaparte, Frederick Chopin, e até interpretou a si mesmo em quadros intitulados Chespirito. São quadros interessantíssimos que, felizmente, apareceram em todos os anos de vida das séries.

Chespirito também nunca negou sua paixão por grandes clássicos do cinema, atrevendo-se a interpretar a ninguém mais ninguém menos que Charlie Chaplin e Stan Laurel com grande sucesso – até um Oscar do Fã-Clube Oficial de Stan Laurel & Oliver Hardy Chespirito ganhou por sua maravilhosa interpretação. Muitos foram os quadros realizados por Chespirito homenageando estes artistas mais que extraordinários. Mas Chespirito também homenageou outros grandes clássicos do cinema e da TV inserindo em seus episódios piadas interpretadas originalmente em outras séries de sucesso, como: "Os Três Patetas", "Agente 86" etc.

Infelizmente, há um personagem de Chespirito que não durou muito tempo: Vicente Chambón. Este, era um repórter investigativo bastante atrapalhado. O quadro fora criado no início dos anos 80 para ser introduzido no programa Chespirito. No Brasil, o personagem é inédito.

O quadro Chaves deixou de ser produzido em 1992 e, Chapolin, em 1994. O programa Chespirito deixou de ser realizado em 1995.

O Programa Chespirito foi conhecido pela primeira vez no Brasil em 1997, na CNT (Gazeta). Em 2001, foi ao ar no SBT com o nome de Clube do Chaves.

(Texto de Eduardo Gouvêa, adaptado por Gustavo Berriel)

Sobre a dublagem: foi feita em dois estúdios. Primeiro, na BKS, com direção geral da Sandra Mara (Chiquinha), auxiliada por Sérgio Galvão (a nova voz de Chespirito). Depois, o programa foi para o estúdio Parisi Video, sob direção de José Parisi Jr.

Para esta dublagem, Osmiro Campos e Mario Villela foram substituídos por Sidney Lilla e Ivo Roberto "Tatu", respectivamente. Diga-se de passagem, os dois fizeram um ótimo trabalho, com exceção do Nhonho. Mas é claro que o professor Girafales e o Sr. Barriga com outras vozes causaram enorme estranhamento! O Botijão do Tatu ficou impecável, assim como o Sargento Refúgio do Sidney. Nunca vi melhor dublagem para "Los Caquitos" (Chômpiras), inclusive a melhor voz do Chômpiras para mim é a do Sérgio Galvão!

O magnífico Eleu Salvador voltou para dublar Raúl Padilla. E, felizmente, as personagens de Florinda Meza permaneceram com a Marta Volpiani, que arrasou na Chimoltrúfia!

Apesar das sentidas ausências do Osmiro e do Villela nesta dublagem, eu a considero a segunda melhor já feita no Brasil (a melhor para o Programa Chespirito dos anos 80/90). Isso se deve também à direção da Sandra Mara, uma das melhores diretoras de dublagem do país.

No começo, a dublagem não colocou risadas gravadas (claques), mas depois isso foi "corrigido".

Em pouco tempo, Chespirito se tornou um dos programas de maior audiência da CNT.

Se eu já era um grande fã de Chaves e Chapolin, em 97 eu acho que me tornei um cidadão fanático, pois foi assistindo ao programa Chespirito na CNT que eu passei a me interessar tanto por Chespirito e por todos os outros atores e seus trabalhos além de Chaves e Chapolin. Eu queria saber tudo sobre eles, conhecer suas histórias e trajetórias e, claro, saber o que faziam "atualmente" (em 97). Com a ajuda da Internet (a que tive acesso em casa no começo de 98), eu comecei a pesquisar loucamente... Visitei os primeiros sites de Chaves criados e comecei a me corresponder com os primeiros fãs: Leandro Morena, Leandro Lima, Estevan e Felipe Betschart (fundador do primeiro fã-clube, que era o site FCBCC: Fã-Clube Brasil Chaves e Chapolin)...

Em 97 o Papa João Paulo II fez sua terceira e última visita ao Brasil.

- Dublagem de Chaves na CNT:

- Vinheta de intervalo de "Chaves" em 97 no SBT: http://www.youtube.com/watch?v=txxhiAo57Bs

- Confira uma abertura do programa Chespirito na CNT:

1998

Neste ano, Chespirito escreveu o roteiro do filme "Que Vivan Los Muertos". María Antonieta gravou uma participação como Chiquinha na novela "Preciosa" (que passou no Brasil, e esta cena foi dublada por Cecília Lemes).

Na Internet, surgiam os primeiros sites sobre Chaves e Chapolin.

Os fãs foram se conhecendo por ICQ e Mirc e assim começava a se organizar uma legião de fãs de Chespirito que um dia se tornaria a maior do mundo!

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Chaparron Bonaparte é outro quadro que não exige agilidade dos atores. São quadros simples e bons; muitas pessoas o consideram o melhor quadros do programa.

E eu me incluo entre elas e, diga-se de passagem, a dublagem do DVD dá de dez a zero na do SBT!

...

Que bom que está continuando esse "Especial", Berriel. Espero que tenho continuação, nem teve anúncio no final...

Estou esperando :legal_tv:

Um abraço!

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  • 5 meses depois...

Voltamos a apresentar...

CHespecial

capítulo 20 - Viva Chespirito!

Final dos anos 90

Em 1999, já existiam vários sites de Chaves, porém a quantidade de informações erradas era muito grande. Eram mais informações sobre episódios e personagens, sabia-se bem pouco sobre os atores, dubladores e bastidores das séries naquela época.

Neste ano começaram os preparativos para a grande homenagem a Chespirito pelos 30 anos de seus programas de TV (em particular o trigésimo aniversário de Chapolin, que foi criado em 1970) e meio século de carreira (e ainda se lembra?)! Desgraçadamente, em 21 de novembro de 2009, Horácio Gómez, o Godinzinho, seu irmão e empresário, morreu no México, de uma parada cardíaca. Foi um golpe muito forte para Chespirito e sua família. Seu filho, Roberto Fernández, passou a cuidar de seus negócios e a defender seus interesses e direitos artísticos junto à Televisa.

Vale destacar aqui algo que os fãs brasileiros não têm muita noção, por conta da falta de informações e interação com fãs de outros países há uma década. Após o término do programa Chespirito, em 1995, houve uma fase de certo descontentamento entre Chespirito e a Televisa. Esta emissora revolucionou toda a sua programação com o acréscimo de diversos programas novos, muitos deles apelativos, de humor chulo, que foram duramente criticados por Chespirito. Afinal, ele estava fora da grade de programação da Televisa e seus programas não estavam reprisando lá (só em outros países).

Portanto, enquanto outros países viviam, cada um em seu momento, o ressurgimento de Chespirito, com as reprises áureas dos programas dos anos 70 e a exibição de episódios dos anos 80 e início dos 90 como "novidade", no México o programa Chespirito era visto com outros olhos: como uma atração que chegara ao fim, dando espaço a novos programas. Quando acabou em 95, o programa saiu do ar e não foi reprisado imediatamente. Chespirito e os demais atores ficaram ausentes da TV. Vale lembrar que, neste período, Chespirito estava fortíssimo no teatro, com sua peça 11 y 12 ao lado de Florinda Meza. Os demais atores viajavam mundo afora com seus personagens, apresentando-se em circos em dezenas de cidades de vários países.

Houve uma mudança total na estrutura administrativa da Televisa nos anos 90 e Chespirito se sentiu deixado de lado ou mal aproveitado, pois as novas programações priorizavam programas de qualidade duvidosa, porém apelativos em algum sentido (ou em todos), o que rendia bons índices de audiência (este fenômeno não se deu só no México, mas em toda a América Latina: as programações, aos poucos, foram se transformando, a partir dos anos 90, numa espécie de fast food, totalmente comercial, em padrão repetitivo e nada original).

Chespirito lamentou isso, pois, para ele, o que é visto na TV pode ser comparado à comida: assim como faz bem pra saúde alimentar-se bem, é igualmente bom pra saúde assistir a coisas de qualidade na TV, principalmente programas feitos para divertir e entreter. "Caiu-se no vulgar e os programas já não tem a mesma graça de antes", afirmou Chespirito, em 1999. Florinda Meza, escritora e produtora de telenovelas, também sentiu o mesmo efeito: "Falta criatividade", ela disse.

Roberto e Florinda passaram a criticar a qualidade dos programas da Televisa (e da TV em geral), ao mesmo tempo em que se viam afastados da programação, porém mais atuantes do que nunca no teatro e com a peça 11 y 12 rendendo as maiores bilheterias da história do teatro latino. Só no México, eles ficaram 8 anos consecutivos em cartaz no mesmo teatro Libanés, com mais de 2700 apresentações, todas cheias.

Certamente, no teatro, Chespirito e Florinda puderam trabalhar de maneira muito mais independente e aproveitar o sucesso de seu trabalho ao vivo, com os altos lucros de uma bilheteria bem sucedida, do que na própria televisão (onde a emissora é quem mais lucra diretamente com o trabalho artístico). Por algumas vezes, Chespirito foi roubado por empresários de teatro gananciosos. Um trabalho artístico de sucesso, quando não é bem administrado, é alvo de muitos golpes - por todos os lados. Mas o fato é que, no teatro, Chespirito provou ser um ator completo, dono de um dom artístico capaz de brilhar onde estiver, seja qual área for. E fazer arte (e fazer rir!) ao vivo é muito mais difícil e desafiador.

Em 1999, Carlos Villagrán deu pela primeira vez a declaração de que o personagem Quico foi mais popular que Chaves, o que criou grande polêmica e foi prato cheio para dezenas de veículos de comunicação sensacionalistas. A partir daí, a mídia exploraria incansavelmente a saída de Villagrán dos programas de Chespirito (em 1978) e colocaria os dois como grandes inimigos. "Começaram a me chamar para gravar discos, comerciais, campanhas publicitárias e outras coisas. Os outros não gostaram disso e quiseram sacrificar meu personagem. Aí quem não gostou fui eu e deixei o programa definitivamente", afirmou Villagrán. De fato, desde que saíra do programa, os dois atores pararam de se ver e de se falar e não tiveram mais nenhum tipo de relação ("nem para bem nem para mal", como sempre afirma Villagrán).

Por conta de sua saída do programa, Villagrán considera que nunca mais foi chamado para trabalhar na Televisa. Nessa época, ainda, María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, estava sem trabalho na emissora - seu último trabalho foi o programa "Aqui está la Chilindrina" (1995). De maneira geral, todo o elenco de Chaves estava fora da TV nesta época e fazendo trabalhos ao vivo pela América Latina, porém sem contratos com a TV (com exceção de Chespirito, cujo contrato com a Televisa era e é permanente). Até Florinda Meza chegou a deixar a emissora e ficou sem contrato de trabalho.

Aposto que nenhum deles tinha noção de que entrariam no século 21 com popularidade inabalada e até maior do que terminaram a década de 1990, sendo ainda mais reconhecidos e adorados, ano após ano.

Ano 2000

30 anos de astúcia

Finalmente chegou o momento da maior homenagem a Chespirito já realizada na televisão: Televisa, ano 2000. Trinta anos após a primeira aparição do Chapolin Colorado na televisão. A emissora rendeu um dia inteiro de homenagem em uma programação especial só com programas dedicados a Chespirito. A Televisa, por um dia, virou literalmente o "Canal do Chapolin".

Conseguiram reunir todo o elenco nesta homenagem: Chespirito, Florinda, Edgar Vivar, Rubén Aguirre, María Antonieta de las Nieves... E até Carlos Villagrán compareceu para dar um abraço em Chespirito. Este reencontro dos dois foi o acontecimento mais marcante do evento. E mesmo que para muitos tenha soado artificial (ou superficial), ninguém pode discordar de que foi um momento emocionante e tão esperado, de grande felicidade para todos os fãs.

O evento contou com a participação de vários artistas da Televisa, que foram prestar sua própria homenagem ao ídolo de gerações Chespirito. Atores, cantores, produtores, funcionários e diretores, todos juntos para celebrar a genialidade de Roberto Gómez Bolaños, exemplo para artistas de todas as idades, dentro e fora do México. E como não lembrar do concurso de sósias que reuniu os melhores cosplayers dos personagens da vila (e do Chapolin), de várias idades e nacionalidades distintas?

Todos ainda puderam sentir a presença de Ramón Valdés, Angelines Fernández, Raúl Padilla e Horácio Gómez, os velhos companheiros que se foram, mas que permanecem vivos em nossos corações e com sua arte exposta diariamente na TV. Eles foram lembrados e homenageados também.

Sem dúvidas, esta grande homenagem a Chespirito e a seu legado gerou mais um "revival" no México, que pouco tempo depois retomaria as exibições de todos os programas de Chespirito, e em todo o mundo, culminando com mais uma gloriosa chavesmania (como vimos, ela acontece de tempos em tempos, como ocorre com todos os grandes clássicos ao longo da história) no começo do novo século.

Todos os atores se beneficiaram disto e foram convidados para novos trabalhos, alguns dentro da própria Televisa, como Vivar e Antonieta, que participariam de telenovelas nos anos 2000. Rubén Aguirre foi convidado para apresentar um programa de concursos de sucesso na Televisa. Todos, enfim, mereciam um pedacinho daquela homenagem a Chespirito, pois contribuíram diretamente para a consagração de seus programas.

O futebolista Diego Armando Maradona, em fase de recuperação das drogas, declarou-se fã de Chespirito e teve a oportunidade de agradecer pessoalmente a seu ídolo pelos anos de risadas com seus programas. Chespirito, apaixonado por futebol e grande admirador de Maradona, ficou muito feliz e orgulhoso. "Meu ídolo é o Chaves" - disse Maradona. "Quando estou deprimido, assisto ao Chaves, não existe programa mais lindo e mais puro do que este".

No Brasil, neste mesmo ano, um falsário se passou por Bolaños dizendo ser o Chaves da TV. Ele chegou a realizar alguns shows em cidades do interior do Brasil. Era um tal de Juan Carlos Alavos, que preparava uma série de shows na Baixada Fluminense quando foi descoberto por um jornalista do jornal O Dia, Élcio Braga. Élcio descobriu a farsa porque a própria produtora de Bolaños, Beatríz Leonz, desmentiu tudo, dizendo que o verdadeiro e único "Chaves" estava no México em cartaz com a peça 11 y 12. Juan Carlos chegou a ter a cara de pau de mostrar à imprensa um documento falso, com assinatura do Bolaños, que lhe permitia vestir-se de Chaves, além de dizer que tinha gravado alguns programas (o mesmo papo de Roberto Vásquez, o falso Kiko). Mas a reportagem dO Dia descobriu tudo e denunciou o safado e seu empresário 171.

Mesmo assim, muita gente boa ainda pensava, nessa altura do campeonato, que o Chaves e boa parte do elenco tinham morrido em um acidente de avião. Acho que até Bolaños voltar a dar as caras numa entrevista brasileira, em 2001, a maioria das pessoas ainda acreditava naquele boato. A partir de 2001 e com a proliferação dos sites de fãs e criação de fóruns também, estava definitivamente ressuscitado o elenco de Chaves no Brasil e caía, por fim, o boato do acidente de avião, entre outros aburdos.

2001

Uma odisséia na vila

A equipe de jornalismo liderada por Sonia Abrão, então na RedeTV!, foi atrás do velho Che e gravou uma entrevista exclusiva, a melhor e mais completa realizada até então com nosso ídolo por um brasileiro: o repórter Sérgio "entrando numa" Frias. Quem não se lembra do Bolaños todo emocionado ao se lembrar dos velhos tempos e dos companheiros que já se foram, e dizendo com aquele sotaque engraçado: "Molta sodadi..." (*muita saudade)? Aquilo foi lindo! E teve enorme repercussão entre fãs e não-fãs. Chespirito aparecia na TV como um senhor inteligente, de alto nível cultural e com a vivência e a experiência de um grande ícone da televisão que ele honrou ser!

Simplesmente a maior entrevista já realizada com Chespirito por um brasileiro na TV foi acontecer ironicamente fora do SBT, o que representa um grande vexame! Portanto, tiro meu chapéu pra Sonia Abrão e sua equipe, que deram o valor merecido ao Chaves de um jeito inédito no Brasil até então, com seriedade e reconhecimento documental. A partir desta entrevista, o SBT tentou correr atrás do prejuízo e desandou a fazer matérias sobre os atores e publicá-las numa revistinha do SBT (de qualidade bem duvidosa...) No fim das contas, achei muito bom a matéria ter ido ao ar em outra emissora, mostrando que Chespirito não é só ligado ao SBT, mas pode e deve ser um ídolo de todo o Brasil, sem vínculo com uma só emissora.

Até que o SBT decidiu fazer um SBT Repórter especial sobre o México e exibiu uma matéria sobre Chaves (bem incompleta, na minha opinião) - mostrando, inclusive, cenas de episódios perdidos em ótima qualidade, como devem lembrar os fãs que ficaram impressionados com isso. Não foi a primeira vez que trechos de episódios perdidos (ou mesmo inéditos) apareceram, em chamadas e reportagens sobre Chaves.

María Antonieta gravou participação na novela "Preciosa" (exibida pelo SBT) e foi dublada por Cecília Lemes.

Nasceu em 2001 o Fórum Único Chespirito (FUCH), que revolucionou a compartilhação de informações sobre CH e uniu fãs de todo o Brasil. O fórum existe até hoje: www.forumch.com.br

Claro que vamos falar do Clube do Chaves, que estreou em 2 de julho de 2001, mas isso fica para o próximo CHespecial, neste mesmo horário e neste mesmo canal! ;)

(Estamos apresentando... CHespecial 25 anos)

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Obrigado por postar aqui, Vavá

Todos os capítulos podem ser encontrados no site do movimento Vola Perdidos

bem como no Portal Chaves (lá com imagens acrescentadas pelo Mestre Maciel!)

Vou escrever até o capítulo 25... ou 26(?) em homenagem aos anos de exibição das séries no Brasil.

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  • 3 meses depois...

Aqui vai mais uma obra-prima do grande Gustavo Berriel!!!

CHespecial #21:

"Século CHCHI"

"Novos amigos"

Vai fazer 10 anos que estreou no Brasil o "Clube do Chaves", como foi apelidado o programa Chespirito no SBT. O escolhido para substituir Marcelo Gastaldi foi Cassiano Ricardo, que dublava o famoso rato Mick...digo, Topo Gigio nos anos 80. "No começo, tentei fazer algo bem parecido com a primeira dublagem, mas não tenho a capacidade de fazer o mesmo timbre que o Marcelo fazia", assumiu Cassiano em entrevista à revista Herói em 2001, que nessa época já não tinha mais nada pra falar de Cavaleiros do Zodíaco.

Eu não gostei da dublagem do Clube do Chaves por vários motivos, o principal deles: a tradução, um lixo! Chaparron virou Pancada (por pouco o Lucas Pirado não virou Lucas Tarado). O ponto alto dessa versão foi a presença do Osmiro Campos, ãh? Gostei também da voz e do tom que o Cassiano usou para o Chaparron Bonaparte, mas pro Chômpiras (desgraçadamente chamado de "Chaveco"... aquele da Turma da Mônica??) a melhor voz é a do Sérgio Galvão (programa Chespirito - CNT). Não vou comentar a ausência do Mario Villela...

Acho que o melhor e mais bem dublado clube do quadro, digo, quadro do clube, disparado, era o do Chaparron (ainda mais com o Osmirão fazendo o Lucas), assim como o melhor do programa Chespirito na CNT era o do Chômpiras!

O Clube do Chaves estreou no dia 2 de junho de 2001.

Naquele mesmo ano, Chespirito afirmou à imprensa brasileira que já esteve no Brasil, só que disfarçado de pedra: "Fiz as viagens a passeio, não queria trabalhar ou dar entrevistas." (Revista SBT - novembro de 2001)

Ele já tinha dito isso naquele entrevistão realizado pela Rede TV! que foi ao ar no mês de abril:

Sônia Abrão vai atrás do homem!

Muita gente nem sabia que ele estava vivo. Outros nem sabiam que existia a Rede TV! Mas a aparição de Chespirito na Rede TV! (dia 10 de abril de 2001) causou alvoroço entre os fãs e foi uma surpresa especial até pra quem não é fã. A entrevista do repórter Sérgio Frias foi looonga e esclarecedora. E engraçada! (pelo espanhol de fita k7 do Sérgio Frias) Vale lembrar ainda que, antes de chegar até Chespirito, Sônia e sua equipe foram atrás da Chiquinha. Foram até a casa dela, mas parece que ela estava na casa das tias em Presidente Prudente: só encontraram sua filha Verónica de las Nieves (que chegou a fazer a Paty nos últimos anos do programa).

Nessa entrevista parece que o Bolaños usa o relógio escravizador porque a mão dele não para de mexer. Depois ele mesmo reconheceu isso. Disse que não consegue ficar parado, pois está sempre pensando muito e tem necessidade de se mexer.

Chaves, Chapolin e o programa Chespirito, após alguns anos fora do ar, passaram a ser reprisados pela Televisa naquela época (a partir de 2000), com altíssima audiência. Era a nova Chavesmania mundial!

O sucesso da reprise foi tamanho que a Televisa colocou o Chaves em dois horários (18h e 20h), enquanto Chapolin era exibido às 15h. Os índices de audiência superavam em muito os de programas novos da grade.

Saudade

Ah, sim, no momento mais emocionante da entrevista, Chespirito disse que sentia "MULTA SODADE" dos seus amigos que já se foram e dos velhos tempos... A palavra "saudade" só existe em português, mas ele sabe muito bem o que ela significa.

Chespirito parou de gravar "Chespirito" em 1995, virou diretor da Televicine (empresa de cinema da Televisa), onde ficou até 1998. Depois, passou a ter seu escritório fixo na Televisa, que mais tarde virou uma Oficina de criação, que existe até hoje e é liderada por seu filho, Roberto Gómez Fernández.

Após as mortes de Angelines e Raúl Padilla, em 1994, de fato foi difícil continuar com as gravações. Mas Chespirito sempre se renova, criando novos quadros e roteiros, porque sua criatividade é infinita. Chaves e Chapolin já não existiam, porém ideias e personagens novos não faltavam... No entanto, em 95 a direção da Televisa decidiu tirar da programação todos os programas humorísticos, passando a exibi-los em outro canal do grupo. Todos foram transferidos, exceto Chespirito, que decidiu, finalmente, dar fim ao programa.

As reprises de 2000 em diante (no México) reforçaram a relação entre Chespirito e a Televisa. O fenômeno estava de volta, com força total, e só cresceria ano após ano.

As más notícias...

No meio de toda essa renovação da Televisa com os programas Chespirito, Chaves e Chapolin, Bolaños acabou descobrindo que não era mais dono da personagem Chiquinha, porque María Antonieta a registrara como dona dos direitos autorais.

De um lado, Chespirito conta que María Antonieta registrou a personagem no nome dela sem avisar a ele ("Dá pra notar que você herdou o sangue ruim do seu pai."); de outro, a atriz diz que tentou avisar e/ou pedir isso a Chespirito, mas que teria sido ignorada ou não-autorizada ("Ai, Chaves, o que você tem de burro, você tem de burro!").

Chespirito é o criador de todos os personagens e acredito que ele teria deixado María Antonieta continuar fazendo a Chiquinha em shows porque o Vivar conta que Chespirito sempre o autorizou a fazer o Nhonho e o Sr. Barriga em shows, bem como o Rubén Aguirre com o Professor Girafales. Mas se a María Antonieta alega que não lhe deram ouvidos (se bem que ela já tinha dois), o que me parece é que houve uma absurda falha de comunicação entre os dois, suficiente para gerar um grande mal estar entre os atores e os próprios fãs, que acabaram perdendo com a falta da Chiquinha nos futuros projetos da oficina de criação de Chespirito. Lamentável.

O primeiro "Movimento Volta, Chapolin!"

Ele foi criado por mim e pelo Bruno Pires, o Bepê, que tinha o site TaC (Tributo a Chespirito). Nós fizemos uma campanha unindo as listas de discussão (uma que ele administrava e outra minha), o que mais tarde daria origem à lista [chespirito-brasil], com a entrada da Chaves Online.

Chapolin estava fora do ar nessa época. O SBT tirou o Vermelhinho do ar no dia 14 de agosto de 2000. A partir de então, organizamos o movimento que consistia em mandar chuva de e-mails SBT. Naquela época, isso era fazer um movimento forte, porque e-mail tinha muito mais peso, ou importância, do que tem hoje. Fora a divulgação, que foi ganhando cada vez mais força e apoio da mídia.

Chapolin voltou aos sábados a partir do dia 3 de fevereiro de 2001, mas saiu do ar no dia 24 de março do mesmo ano, dando lugar à série "Um Maluco no Pedaço", aquela do Will Smith. (Não curto!)

Então, voltamos pra valer com o movimento em julho. A Folha de SP divulgou o "Volta, Chapolin!" e... Não contavam com nossa astúcia! Foi um sucesso! O Polegar acabou voltando no fim do ano. (Precisamente no dia 10/12/2001, às 13h30; Chaves às 14h).

A partir do dia 31 de dezembro, Chapolin passou para as 14h45 e Chaves, 15h15.

Grupo CHESPIRITO-Brasil

Eu criei este grupo juntando a lista do Bruno Pires (chamada "chespirito") com a velha lista [fcbcc], da qual eu cuidava e que era de um dos primeiros sites sobre Chaves, o extinto "Fã-Clube Brasil Chaves & Chapolin", criado pelo jornalista Felipe Betschart. A gente unificou as listas justamente por causa do movimento "Volta, Chapolin!". Num tempo em que não existia facebook nem orkut nem fóruns de discussão, as únicas comunidades de internautas falando sobre um mesmo tema só existiam nesses grupos de discussão.

Mais tarde, eu convidei a Chaves Online, que tinha a lista [chavochapulin-brasil]. Juntas, as três listas viraram a [chespirito-brasil], onde nasceu o Fã-Clube Chespirito Brasil. Em pouco tempo, o grupo cresceu de 200 para mais de 500 membros em 2002, quando foi fundado oficialmente o Fã-Clube.

2002: Fã-Clube CHESPIRITO-Brasil

> Chapolin sai do ar no dia 25 de fevereiro. O Clube do Chaves foi reduzido na programação (para pouco mais de meia hora) e saiu do ar no dia 27 de abril.

> Conheci o Lippe (pessoalmente) em 2002, quando ele veio ao Rio de Janeiro. Ele me trouxe fitas VHS com aqueles episódios perdidos gravados pelo Leandro Morena e editados pelo Bakune. Lippe já desentupia o umbigo (discutia comigo) desde aquela época na lista de discussão. Mas nós viramos irmãos porque era pra ser assim. E juntos criamos o Fã-Clube.

> O Fã-Clube é fundado oficialmente no dia 13 de maio de 2002. [O Fã-Clube Chespirito-Brasil foi criado oficialmente no dia 13 de maio de 2002, inicialmente como um grupo de discussão no site Grupos.com.br. Meses depois, o grupo foi transferido para o sistema Yahoogroups, onde ficou durante vários anos até ser transferido, em 2010, para o Googlegroups. Grandes amizades e até namoros nasceram a partir dessa maior aproximação entre os fãs. O que marcou a transformação do grupo em um legítimo Fã-Clube foi a realização de encontros reais entre os membros do grupo, promovida por Felipe Araujo, o Lippe. Ele criou os chamados EBVs (Encontros da Boa Vizinhança), que acontecem até hoje, na maioria das vezes em sua própria casa, no bairro de Vila Madalena, em São Paulo. É o momento em que os fãs se desligam do mundo virtual para conviver de verdadinha em encontros animados onde rola muita comida, bebida e, claro, exibição de episódios!]

2003

> no Fã-Clube [No ano de 2003, o Fã-Clube CHESPIRITO-Brasil se consolidou com a importante participação de grandes chavesmaníacos como: Alex Rodrigues, Alexandre Hage, Heitor Corrêa, Diego Fernandes, Eyder, Leandrito, Vinícius comunista e Daniel Bakune. Este último foi responsável pela realização, em setembro, de um grande evento de anime, o Anime-Pró, que uniu pela primeira vez no palco os principais dubladores dos seriados CH. Foi o começo da aproximação do Fã-Clube com os grandes artistas que fizeram história nos estúdios Maga. Também em 2003, criamos o Movimento Achados e Perdidos (MAP), recolhendo assinaturas para que o SBT voltasse a exibir os chamados "episódios perdidos" que nós sabíamos que eles tinham guardados ou esquecidos em algum canto.]

O evento Anime-Pró com os dubladores... de Chaves!

Foi no dia 16 de agosto de 2003, no Palácio dos Trabalhadores (bairro da Liberdade). Jamais vou me esquecer desta data e daquele dia que foi um dos melhores da minha vida.

Eu nunca tinha ido num evento de Anime. Como eu achei tudo aquilo louco, estranho e com gente esquisita! Mas acabei gostando de algumas coisas...

Aliás, fazia muitos anos que eu não ia a São Paulo.

Fiquei hospedado num hotel meia-boca perto do metrô da Liberdade e apareci de surpresa para os meus amigos Lippe, Thominho e outros malhucos.

Nunca vou me esquecer daquele dia, em que conheci os dubladores de Chaves... Realizando um dos meus maiores sonhos!

Consegui falar com eles, pedi autógrafo... rs (guardo até hoje!)

Lembro que foi um sufoco chegar até o Seidl! Ele estava cercado pela equipe do evento, que não queria deixar a gente chegar perto. Um dos organizadores me barrou com pose de segurança:

- Ei, garoto, você não pode passar! Eu não vou falar de novo com você!

Eu dei a volta e fui entrando de qualquer jeito. Pedi para o Seidl me indicar um curso de dublagem no Rio de Janeiro. Ele me indicou o Sistema Barra Curso de Dublagem, do mestre Hamilton Ricardo. Eu fiz o curso do Hamilton em 2004.

Um belo dia...

E já ia me esquecendo! Um belo dia, o SBT exibiu um episódio de Chaves... Novidade?

Era o episódio "Os chifrinhos queimados do Professor Girafales". "Ex-perdido".

Ninguém acreditava naquilo!

E, depois desse, outro, e outro e mais outro... vários episódios ex-perdidos! (mais de 10 anos fora do ar)

Que festa para todos os fãs!!!

Foram 8 episódios ex-perdidos de Chaves:

- Os chifres queimados do Professor Girafales *voltou no dia primeiro de setembro de 2003

- A chirimóia *02/09

- O cachorrinho *03/09

- O fantasma do Seu Barriga *05/09

- Tem uma mosca no meu café *08/09

- A troca de chapéus *09/09

- Quem descola o dedo da bola, parte 2 *12/09

- Seu Madruga fotógrafo, parte 1 *15/09

Edgar Vivar no Brasil

[Em outubro do mesmo ano, o ator Edgar Vivar (Seu Barriga) veio ao Brasil encontrar-se com seus fãs. Representando o Fã-Clube, Lippe foi ao programa 'Falando Francamente', onde o gordo mais querido do mundo foi entrevistado por Sônia Abrão. Depois, junto com Leandrito e Eyder, conseguiu falar reservadamente com o ídolo em nome do FC num longo e agradável bate-papo descontraído no próprio hotel onde o dono da Vila estava hospedado. O fã Thomas Carlyle, por sua vez, conseguiu com que o Nhonho escrevesse um e-mail ao vivo para todos os membros do grupo de discussão do FC. Numa minuciosa investigação sobre os episódios "perdidos" e ameaçando divulgar o MAP na imprensa, Lippe conseguiu com a equipe de Sônia Abrão a informação de que o SBT tinha esses episódios, que foram descobertos justamente pela produção do programa da jornalista.]

Quase morri porque não estava lá!!! Era minha semana de provas na faculdade e eu não podia nem pensar em faltar. Mas o Lippe estava lá.

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