Ir para conteúdo

Morre Nelson Mandela


Alan1509

Recommended Posts

NOTÍCIAS

05/12/2013 19h45 - Atualizado em 05/12/2013 19h53

Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.
Líder foi hospitalizado em dezembro para fazer exames de rotina.

Do G1, em São Paulo

69 comentários

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, segundo a presidência do país. Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa.

“Ele partiu, ele se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. “Ele agora descansou, ele agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.”

Mandela vinha sofrendo do problema e estava internado desde junho. Esta foi a quarta internação do ex-presidente desde dezembro. Em abril, as últimas imagens divulgadas do ex-presidente mostraram bastante fragilidade – ele foi visto sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas. Seu rosto não expressava qualquer emoção. No início de março de 2012, o ex-presidente sul-africano havia sido hospitalizado por 24 horas, e o governo informou, na ocasião, que Mandela tinha sido internado para uma bateria de exames rotineira. Em dezembro, porém, ele permaneceu 18 dias hospitalizado, em decorrência de uma infecção pulmonar.

No fim de março de 2013, ele passou 10 dias internado, também por uma infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de uma tuberculose que contraiu durante sua detenção na prisão de Robben Island (ilha de Robben), onde ficou 18 anos preso, de 1964 a 1982.

Conhecido como “Madiba” na África do Sul, ele foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a 1993.

Ele ficou preso durante 27 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993, sendo eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras eleições multirraciais do país. Mandela é alvo de um grande culto em seu país, onde sua imagem e citações são onipresentes. Várias avenidas têm seu nome, suas antigas moradias viraram museu e seu rosto aparece em todos os tipos de recordações para turistas.

Havia algum tempo sua saúde frágil o impedia de fazer aparições públicas na África do Sul - a última foi durante a Copa do Mundo de 2010, realizada no país. Mas ele continuou a receber visitantes de grande visibilidade, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.

Mandela passou por uma cirurgia de próstata em 1985, quando ainda estava preso, e foi diagnosticado com tuberculose em 1988. Em 2001, foi diagnosticado com câncer de próstata e hospitalizado por problemas respiratórios, sendo liberado dois dias depois.

Biografia
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste da África do Sul. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu nome original era Rolihlahla Mandela.

Após seu pai morrer em 1927, ele foi acolhido pelo rei da tribo, Jongintaba Dalindyebo. Ele cursou a escola primária no povoado de Qunu e recebeu o nome Nelson de uma professora, seguindo uma tradição local de dar nomes cristãos às crianças. Conforme as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental. Na adolescência, praticou boxe e corrida.

Mandela ingressou na Universidade de Fort Hare para cursar artes, mas foi expulso por participar de protestos estudantis. Ele completou os estudos na Universidade da África do Sul. Após terminar os estudos, o rei Jongintaba anunciou que Mandela devia se casar, o que motivou o jovem a fugir e se mudar para Johanesburgo, em 1941.

Em Johanesburgo, ele trabalhou como segurança de uma mina e começou a se interessar por política. Na cidade, Mandela também conheceu o corretor de imóveis Walter Sisulu, que se tornou seu grande amigo pessoal e mentor no ativismo antiapartheid. Por indicação de Sisulu, Mandela começou a trabalhar como aprendiz em uma firma de advocacia e se inscreveu na faculdade de direito de Witwatersrand.

Mandela começou a frequentar informalmente as reuniões do Congresso Nacional Africano (CNA) em 1942. Em 1944, ele fundou a Liga Jovem do Congresso e se casou com a prima de Walter Sisulu, a enfermeira Evelyn Mase. Eles tiveram quatro filhos (dois meninos e duas meninas) – uma das garotas morreu ainda na infância.

Em 1948, ele se tornou secretário nacional do Congresso Nacional Africano (CNA) – no mesmo ano, o Partido Nacional ganhou as eleições do país e começou a implementar a política de apartheid (ou segregação racial). O estudante conheceu futuros colegas da política na faculdade, mas abandonou o curso em 1948, admitindo ter tido notas baixas - ele chegou a retomar a graduação na Universidade de Londres, mas só se formou em 1989 pela Universidade da África do Sul, quando estava preso.

Em 1951, Mandela se tornou presidente do CNA. Em 1952, ele abriu com o amigo Oliver Tambo o primeiro escritório de advocacia do país voltado para negros. No mesmo ano, Mandela foi escolhido como líder da campanha de oposição encabeçada pelo CNA e viajou pelo país, em protesto contra seis leis consideradas injustas. Como reação do governo, ele e 19 colegas foram presos e sentenciados a nove meses de trabalho forçado.

Em 1955, ele ajudou a articular o Congresso do Povo e citava a política pacifista de Gandhi como influência. A reunião uniu a oposição e consolidou as ideias antiapartheid em um documento chamado Carta da Liberdade. No fim do ano, Mandela foi preso juntamente com outros 155 ativistas em uma série de detenções pelo país. Todos foram absolvidos em 1961.
Em 1958, Mandela se divorciou da enfermeira Evelyn Mase e ele se casou novamente, com a assistente social Nomzamo Winnie Madikizela. Os dois tiveram dois filhos.

Em março de 1960, a polícia matou 69 manifestantes desarmados em um protesto contra o governo em Sharpeville. O Partido Nacional declarou estado de emergência no país e baniu o CNA.

Em 1961, Mandela tornou-se líder da guerrilha Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), após ser absolvido no processo da prisão de 1955. Logo após a absolvição, ele e colegas passaram a trabalhar de maneira escondida planejando uma greve geral no país.

Ele deixou o país ilegalmente em 1962, usando o nome de David Motsamayi, para viajar pela África para receber treinamento militar. Mandela ainda visitou a Inglaterra, Marrocos e Etiópia, e foi preso ao voltar, em agosto do mesmo ano.

De acordo com o jornal “Telegraph”, a organização perdeu o ideal de protestos não letais com o tempo e matou pelo menos 63 pessoas em bombardeios nos 20 anos seguintes.

Mandela foi acusado de deixar o país ilegalmente e incentivar greves, sendo condenado a cinco anos de prisão. A pena foi servida inicialmente na prisão de Pretória. Em março de 1963, ele foi transferido à Ilha de Robben, voltando a Pretória em junho. Um mês depois, diversos companheiros de partido foram presos.

Em 1963, Mandela e outras nove pessoas foram julgadas por sabotagem, no que ficou conhecido como Julgamento Rivonia. Sob o risco de ser condenado à pena de morte, Mandela fez um discurso à corte que foi imortalizado.

“Eu lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”, afirmou.

Em 1964, Mandela e outros sete colegas foram condenados por sabotagem e sentenciados à prisão perpétua. Um deles, Denis Goldberg, foi preso em Pretória por ser branco. Os outros foram levados para a Ilha de Robben.

27 anos de prisão
Mandela passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.

Durante o período em que ficou preso, sua reputação como líder negro cresceu e sedimentou a imagem de liderança do movimento antiapartheid. A partir de 1985, ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Neste ano, ele passou por uma cirurgia na próstata e, ao voltar para a prisão, passou a ser mantido em uma cela sozinho.

Em 1988, Mandela passou por um tratamento contra tuberculose e foi transferido para uma casa na prisão Victor Verster.

Em 2 de fevereiro de 1990, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk reinstituiu o Congresso Nacional Africano (CNA). No dia 11 de fevereiro de 1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país.

Prêmio Nobel e presidência
Em 1991, Mandela foi eleito novamente presidente do CNA. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz em 1993, por seus esforços para trazer a paz ao país.

Mandela encabeçou uma série de articulações políticas que culminaram nas primeiras eleições democráticas e multirraciais do país em 27 de abril de 1994.

O CNA ganhou com 62% dos votos, enquanto o Partido Nacional teve 20%. Com o resultado, Mandela tornou-se o primeiro líder negro do país e também o mais velho, com 75 anos. Ele tomou posse em 10 de maio de 1994.

A gestão do presidente foi marcada por políticas antiapartheid, reformas sociais e de saúde.

Em 1996, Mandela se divorciou de Nomzamo Winnie Madikizela por divergências políticas que se tornaram públicas. Em 1998, no dia de seu 80º aniversário, ele se casou com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Em 1999, não se candidatou à reeleição e se aposentou da carreira política. Desde então, ele passou boa parte de seu tempo em sua casa no vilarejo de Qunu, onde passou a infância, na província pobre do Cabo Leste.

Causas sociais
Após o fim da carreira política, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos.

Participou de uma campanha de arrecadação de fundos para combater a Aids que tinha como símbolo o número 46664, que carregava quando esteve na prisão.

Em 2008, a comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows em Londres, que contou com a presença de artistas e celebridades engajadas na campanha. Uma estátua de Mandela foi erguida na Praça do Parlamento, na capital inglesa.

Em novembro de 2009, a ONU anunciou que o dia de seu aniversário seria celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa para estimular todos os cidadãos a dedicar 67 minutos a causas sociais - um minuto por ano que ele dedicou a lutar pela igualdade racial e ao fim do apartheid.

Link para o comentário

Putz, ícone das lutas contra a desigualdade racial.

Lembro de alguns meses correr um boato sobre isso, mas agora realmente ocorreu.

Que descanse em paz. Foi um grande homem.

Deixo aqui o poema que lhe serviu de inspiração enquanto estava preso:

Do avesso desta noite que me encobre,
Preta como a cova, do começo ao fim,
Eu agradeço a quaisquer deuses que existam,
Pela minha alma inconquistável.

Na garra cruel desta circunstância,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.

Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta apenas o horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.

Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.

Link para o comentário

Coitado,mas ele estava muito mal.

Ao menos conseguiu fazer o possivel pela desigualdade racial e conseguiu ver uma copa na África que ele tanto defendeu.

Que descanse em paz,esse grande ser humano.

Link para o comentário

Foi um grande líder, sem dúvidas... Estava torcendo muito por sua recuperação, até tinha ficado muito feliz quando soube que havia apresentado recuperação desde sua última internação (a mais complicada).

Mas 95 anos são 95 anos... Que esteja com Deus, e que seu legado seja sempre lembrado com admiração.

  • Curtir 1
Link para o comentário

Já se encontrava debilitado a um tempo, e eu já imaginava que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Ainda conseguiu ficar muito tempo entre nós.

Descanse em paz, tudo o que ele fez jamais será esquecido.

Link para o comentário

Também torcia pela sua recuperação,mas é como o Barbiroto disse,mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer pela sua idade avançada.

E ele já fez bastante.

Link para o comentário

A morte é uma coisa natural, ainda mais nessa idade. O que esse cara fez pelo seu país é um coisa quase que inexplicável. Que descanse em paz.

Link para o comentário

Ele já estava debilitado, pra ele a morte foi apenas um sono, e um descanso das agruras desta vida. O que ele fez pelo seu país merece todo tipo de reconhecimento. Descanse em paz!

Coitado,mas ele estava muito mal.

Sinceramente, não consigo imaginar que alguém que morra nas condições dele, possa ser chamado de coitado. Além de ter um passado como o dele, morreu na companhia da família, em idade avançada, e fadigado dessa vida. O que ele tinha que ter feito já fez. A morte pra ele foi um descanso, me arrisco até a chamar de "bênção".

Link para o comentário

Uma grande perda, ele era o simbolo da luta pela desigualdade racial, a Africa e o mundo perderam um grande lider, infelizmente a sua morte era inevitável pela sua idade avançada e sua saúde extremamente frágil, que ele consiga descansar em paz. :triste:

Link para o comentário

Concordo com você Joel, um descanso mais do que merecido, a luta dele nessa Terra foi grande, ele sim é um simbolo do ''Premio Nobel da Paz''...

Editado por Marcelo Cazangi
Link para o comentário

Bem, pelo menos ele morreu de forma normal. Não foi como Martim Luther King.

Link para o comentário

NOTÍCIAS

Líderes lamentam a morte de Mandela:

131205232306_obama_mandela_624x351_ap.jp

JACOB ZUMA:

"Nosso povo perdeu um pai. Apesar de sabermos que o dia dele chegaria, nada pode diminuir nossa sensação de perda profunda e duradoura".

"Sua incansável luta pela liberdade lhe rendeu o respeito do mundo. Sua humildade, paixão e humanidade lhe renderam seu amor. Nossa nação perdeu seu maior filho".

O presidente da África do Sul anunciou que todas as bandeiras do país serão hasteadas a meio mastro durante todo o funeral de Mandela.

DILMA ROUSSEFF:

"O governo e o povo brasileiros receberam consternados a notícia da morte de Nelson Mandela."

"Personalidade maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul."

"Seu combate transformou-se em um paradigma, não só para o continente africano, como para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade."

"O governo e o povo brasileiros se inclinam diante da memória de Nelson Mandela e transmitem a seus familiares, ao Presidente Zuma e aos sul-africanos nosso sentimento de profundo pesar."

"O exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo."

BARACK OBAMA:

"Nós perdemos um dos mais influentes, corajosos e profundamente bons seres humanos com o qual qualquer um de nós pode conviver neste mundo. Ele não pertence mais a nós, ele pertence à história."

"Através de sua dignidade feroz e disposição inflexível para sacrificar sua própria liberdade pela liberdade dos outros, Madiba transformou a África do Sul e mudou todos nós. Sua jornada de prisioneiro a presidente personificou a promessa de que seres humanos e nações podem mudar para melhor."

"Eu não posso imaginar minha vida sem o exemplo que Nelson Mandela deu."

O presidente americano afirmou ainda que sempre estudou e se inspirou em Mandela. “A minha primeira ação política foi um protesto contra o apartheid”.

FRAÇOIS HOLLANDE:

O presidente francês, François Hollande, disse que a mensagem de Mandela "vai continuar a inspirar quem luta pela liberdade e dar confiança aos que defendem causas justas e direitos universais".

ANGELA MERKEL:

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que o legado político de Mandela de luta contra a violência e a condenação de todas as formas de racismo vão continuar sendo fonte de inspiração.

BILL CLINTON:

"Vamos lembrar Mandela como um homem de uma graça rara e compaixão, para quem o abandono da amargura e inclusão dos adversários não era apenas uma estratégia política, mas um estilo de vida" , afirmou o ex-presidente americano Bill Clinton.

MORGAN FREEMAN:

Outro ator que interpretou Mandela, Morgan Freeman, disse que o mundo perdeu "um dos verdadeiros gigantes do último século. Nelson Mandela foi um homem de honra incomparável, força e determinação - um santo para muitos, um herói que aprecia a liberdade e dignidade da humanidade."

Fonte: UOL TV

Link para o comentário
NOTÍCIAS
Filhas de Mandela são avisadas de morte do pai no cinema
bbc.gif
Por BBC Brasil | 06/12/2013 09:51 - Atualizada às 06/12/2013 10:52
Zindzi e Zenani estavam em estreia de filme baseado em autobiografia de primeiro presidente negro sul-africano

Zindzi e Zenani Mandela, filhas do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, ficaram sabendo da morte do pai durante a estreia de um filme sobre a sua vida em Londres.

em7ysbh8pl0h6k8043z2pcthc.jpg
Reuters
Kate Middleton se encontra com Zindzi Mandela (D), filha do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, antes da estreia do filme 'Mandela: Long Walk to Freedom' (5/12)

O filme "Mandela: Long Walk to Freedom", com o ator Idris Elba no papel principal, é baseado em sua autobiografia "Longo Caminho para a Liberdade".

"Elas receberam a notícia da morte de seu pai durante a projeção e abandonaram o cinema imediatamente", disse nesta sexta-feira a Fundação Nelson Mandela em nota à imprensa.

Após a projeção, o produtor do filme Anant Singh anunciou a morte do líder sul-africano e pediu um minuto de silêncio.

Na plateia estavam, entre outras pessoas, o príncipe William – segundo na linha de sucessão ao trono britânico – e a duquesa de Cambridge, Kate Middleton.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/2013-12-06/filhas-de-mandela-sao-avisadas-de-morte-do-pai-no-cinema.html

------------------------------------------------------

Colunista Edson Barbero, do Olhar Digital, tenta expandir as lições de Nelson Mandela ao mundo empresarial:

NOTÍCIAS
O que aprender com Nelson Mandela?
olhard_zpscf0e4e26.jpg
Quais foram as lições que o líder deixou a todos
em 06/12/2013 às 11h00

Na coluna da semana anterior prometi continuar uma série de textos acerca da complexidade na tomada de decisão estratégica. Peço permissão ao leitor para não cumprir minha promessa. A morte de um dos mais importantes líderes da história tornou, honestamente, qualquer outro debate irrelevante. Não sou especialista em direitos humanos - muitos outros intelectuais por certo trarão pensamentos mais ricos sobre o papel de Nelson Mandela no mundo. Quero, entretanto, deixar algumas reflexões com respeito à gestão empresarial.

Por que fazer tal conexão uma vez que os contextos parecem tão díspares? O que o líder Nelson Mandela nos trouxe de grandioso e que podemos adotar em nosso dia-a-dia? Vejo três principais aprendizados: (i) Mandela enxergava sua missão além de sua vida pessoal, tinha visão social aguçadíssima; (ii) demonstrou incrível bravura e perseverança ao tratar problemas que a grande maioria de nós consideraria instransponíveis e (iii) foi capaz de superar seus impulsos de vingança e conduzir uma transformação política ultra complexa por meio do diálogo.

(i) O grande líder, em alguma medida, subtrai seus interesses pessoais em prol de algo maior. Não que seja totalmente desinteressado de seus ganhos particulares, mas que os subordina a uma visão de mundo transformadora. Tem prazer em alcançar grandes feitos; e isso é seu grande ganho pessoal. Mesmo após décadas de prisão, Mandela recusou por diversas vezes a oferta que o governo sul-africano fez por sua liberdade em troca de concessões, como a renúncia à ação armada. A resposta de Mandela veio em uma mensagem: “Muitos já morreram desde a minha ida à prisão (...) Tenho uma dívida com suas viúvas, com seus órfãos, com suas mães e com os seus pais (...) Que liberdade me oferecem quando minha própria cidadania sul-africana não é respeitada?” (citado em 6 de Dezembro de 2013 no artigo de Vitor Paolozzi no jornal Valor Econômico).

Trata-se de uma visão ampla – e profundamente social - que devemos aprender com Mandela. No contexto empresarial de hoje, nossos jovens liderados e o mundo exterior demandam tal postura. Em um planeta em que os Estados têm menor poder e as instituições religiosas se esvaecem, são as empresas as entidades responsáveis pelo avanço social e econômico do país. Vejo que nosso debate amadurecerá no futuro. Ao invés de termos uma postura inerte de esperar os governos se mobilizarem, migraremos tal ênfase para nossas ações diárias – sobretudo no contexto das atuações corporativas. Mesmo quando nos esforçarmos por demandar dos governos melhor atuação, teremos de fazê-lo de modo mais propositivo, ao invés de exclusivamente atuarmos como se não fossemos nós os responsáveis por nossas lamentações.

(ii) Hobbes disse que o “o homem é o lobo do próprio homem”. No passado remoto, a lei era a dos mais fortes. Numa certa época um pacto foi criado para proteger os mais fracos; foi assim que surgiu o Estado. Mas quando o Estado é o principal repressor das liberdades?

A história é conhecida. Mandela nasceu na África do Sul, numa época em que os negros não participavam de eleições, não podiam frequentar locais de uso exclusivo de brancos e eram obrigados a permanecer dentro de áreas restritas. Mandela foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. Ele passaria recluso os próximos 27 anos! Foi submetido a trabalhos forçados. Enfrentou o isolamento carcerário só podendo receber uma visita anual. Adoeceu dezenas de vezes. Foi humilhado. Quanto de nós não desistem diante de obstáculos muitíssimo mais brandos? Resgatar estes personagens da história faz pensar sobre nossos próprios impedimentos.

(ii) Mandela não definhou. E também não demonstrou comportamento vingativo. Aprofundou os estudos, manteve a liderança social e política e tomou, mesmo preso, incontáveis decisões no contexto da luta contra o apartheid. Quando livre, instaurou a Comissão da Verdade e Reconciliação abrindo espaço para o testemunho das vítimas do apartheid, colocando-as em diálogo com os seus agressores. Abalizou, deste modo, para “a compreensão e não para a vingança, para a reparação e não para a retaliação” (Celso Lafer, Valor Econômico, 06 de Dezembro de 2013).

Não o fez apenas por moralidade. E isso é o grande aprendizado transponível ao universo empresarial. Promoveu o diálogo porque seria o melhor modo para obter resultados. Em seu caso, queria originar uma África do Sul efetivamente pacífica e unificada. Muitas vezes somos chamamos, em nosso trabalho, a provocar uma mudança em que outros nos prejudicaram – seja voluntariamente ou não. Em tais circunstâncias, tendemos a impregnar nossas ações de sentimentos vingativos. Mandela, mesmo diante de circunstâncias duríssimas, superou seus próprios instintos e buscou a conciliação. Diante da irreversibilidade passado, diria a filósofa Hannah Arendt, prefira o perdão pois é a solução mais viável.

Nelson Mandela, enfim, foi uma das mais importantes referências humanas do século XX por suas extraordinárias virtudes pessoais. Foi um líder com assombrosa tenacidade e capacidade de superar espantosos obstáculos e gerar mudanças sociais que seriam consideradas impossíveis à maioria das pessoas. Vai um líder, fica seu legado. Esperamos ver sua lição aplicada também no mundo empresarial.
http://olhardigital.uol.com.br/pro/colunistas/edson_barbero/post/o_que_aprender_com_nelson_mandela
Link para o comentário

NOTÍCIAS

Mais de 70 líderes mundiais são esperados em funeral de Mandela:

lulamandela-700x454.jpg

Mais de 70 chefes de Estado e governo são esperados na África do Sul esta semana para comparecer aos eventos do funeral do ex-presidente Nelson Mandela, e a maioria deve participar de uma grande homenagem em Johanesburgo na terça-feira, disseram autoridades.

"O mundo inteiro está vindo para a África do Sul", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Clayson Monyela.

Depois da homenagem, que está sendo considerada uma das maiores reuniões de líderes globais na história recente, apenas alguns dignitários irão ao funeral de Estado de Mandela em seu vilarejo de origem, Qunu, em Cabo Oriental, acrescentou o porta-voz.

"Estamos tentando manter a cerimônia para a família", disse Monyela à Talk Radio 702.

A presidente Dilma Rousseff viaja nesta segunda-feira (9) ao lado dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar os eventos do funeral de Mandela.

O ministro da Presidência, Collins Chabane, disse que alguns chefes de Estado já começaram a chegar à África do Sul.

— O fato de que os líderes internacionais vão viajar à África do Sul com tão pouca margem de tempo [desde a morte do ex-presidente na quinta-feira] reflete o lugar especial que o presidente Nelson Mandela ocupa nos corações das pessoas no mundo todo.

Organizações internacionais como a ONU, a União Europeia (UE) e a União Africana (UA) também informaram sobre a presença de seus máximos representantes nos atos de homenagem.

Entre os líderes que confirmaram presença figuram os presidentes dos EUA, Barack Obama, e do México, Enrique Peña Nieto, assim como o príncipe Felipe de Bourbon, herdeiro da Coroa da Espanha, e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.

Após o ato religioso de terça-feira (10), o caixão de Mandela desfilará pelas ruas de Pretória de 11 a 13 de dezembro, para que os sul-africanos possam fazer a última homenagem.

Fonte: R7

Link para o comentário
Visitante
Este tópico está impedido de receber novos posts.
  • Atividades

    1. E.R
      102

      Vai e Vem do Futebol 2024

    2. Baixinho
      46

      Libertadores 2024

    3. Baixinho
      732

      FAMOSOS

    4. E.R
      46

      Libertadores 2024

    5. Raphael
      2952

      Pica Pau

  • Quem Está Navegando   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.
×
×
  • Criar Novo...