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ÔNIBUS


Victor235

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https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/bruno-covas-fixa-concessao-de-onibus-de-sao-paulo-em-20-anos.shtml

O prefeito Bruno Covas (PSDB) publicou um decreto nesta sexta-feira (20) no qual define o prazo de 20 anos para a concessão dos serviços de ônibus de São Paulo.

Seu antecessor, João Doria (PSDB), que deixou o cargo no início do mês para concorrer ao governo, havia manifestado a intenção de assinar contratos de 10 ou 15 anos —o que chegou a aparecer em minutas do edital de licitação. No entanto, isso demandaria alteração em lei municipal, o que Covas desistiu de fazer.

Os contratos atuais estão vigentes desde 2003. Essa é a maior contratação da gestão municipal. A previsão é de que custe R$ 66 bilhões em 20 anos. O edital de licitação, que estipulará termos para a definição das empresas que operarão as linhas e alterações nas rotas de ônibus, entre outros tópicos, será divulgado na terça-feira (24) pela Prefeitura de São Paulo.

Doria travou disputa com o presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (DEM), para reduzir o tempo de contrato para 15 anos.

O então prefeito estava convencido de que a diminuição do prazo favoreceria a renovação das empresas que operam as linhas de ônibus e que, dessa maneira, o sistema estaria mais propício a assimilar as inovações tecnológicas.

Próximo das empresas de ônibus, Leite fez a defesa do prazo de 20 anos. O novo prefeito não quis comprar a disputa. Com isso, antes mesmo da publicação do edital, já ficou estipulado o tempo de duas décadas de concessão.

Gabriel Tenenbaum, especialista em transporte público do ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), afirma acreditar que o ideal teria sido a redução do período de concessão.

"De todos os editais internacionais que avaliamos, como Londres, México, Índia, Colômbia, esse é o de prazo mais longo. Em termos de investimento, seria necessário demonstrar a necessidade desse prazo, o que não foi feito."

"Está engessando o sistema por 20 anos, o que pode ser um problema se não criar regras que permitam a melhoria contínua dele. O contexto do transporte urbano está mudando muito rapidamente. Temos soluções que não tínhamos há cinco anos. Em Londres, eles licitam lotes de linhas a cada cinco anos. Isso promove maior dinamismo", afirma Tenenbaum.

O especialista ressalta, por outro lado, que pelo menos a renovação da concessão foi limitada ao prazo de um ano —a licitação inicialmente proposta pela gestão Fernando Haddad (PT) previa uma renovação por mais 20 anos.

Outro ponto motivo de polêmica no tema da licitação é a desapropriação de imóveis e de garagens de ônibus, cuja possibilidade é prevista em artigo presente no decreto —desde que custeada com dinheiro das próprias empresas.

Empresas que atualmente não operam no setor em São Paulo se queixam da dificuldade de competição --já que as viações contratadas hoje já dispõem da estrutura fixa.

"Se a ideia era promover competitividade, o poder público fez o papel pela metade. Deveria partir de uma situação em que as garagens seriam públicas. É difícil pensar que uma empresa terá capital para fazer desapropriações desse porte", diz Tenenbaum.

No período aberto para receber sugestões, 92% das consultas enviadas à Secretaria dos Transportes se referiam a linhas que seriam mantidas, alteradas ou eliminadas.

Na prática, a prefeitura reduzirá em 11% a quantidade de linhas. Mas ela diz que toda linha continuará tendo sua rota cumprida por ônibus, ainda que sob outros nomes.

Isso ocorre porque cerca de 260 linhas têm grande parte de trajetos sobrepostos. A prefeitura acha que isso traz lentidão e ineficiência ao sistema. 

Ao menos 25% das atuais 1.336 linhas da cidade deverão sofrer alterações. A previsão é a de que as mudanças ocorram entre 6 a 30 meses após a assinatura dos contratos com as novas empresas de ônibus, o que deverá acontecer em meados de junho.

Em nota, a gestão Covas disse que o prazo de contratação por 20 anos é previsto por lei municipal. Ela afirma que as garagens "são itens imprescindíveis na concorrência".

"É necessário espaço físico adequado para que os ônibus recebam manutenção, troca de pneus, limpeza e abastecimento", diz a prefeitura. "Todos os locais atuais já estão declarados como de utilidade pública", afirma.

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Puxa. Aqui na minha cidade já é R$3,95. E com aumento anual em Julho, deve ir para R$4,10.

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EXTRA

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou ontem um pacote de novidades para melhorar o sistema de transportes de ônibus.

As medidas fazem parte do acordo do executivo municipal com as empresas do setor.

Entre as promessas estão a disponibilização de sinal de wi-fi nos coletivos, entradas de USB em cada assento para os passageiros carregarem o celular e iluminação interna de LED.

Além disso, cada uma das 32 viações que operam linhas municipais terão uma identidade visual diferente, com layout e cores próprios.

Durante o evento no Museu de Arte do Rio (MAR), foi apresentado um veículo com as novas caraterísticas, mas a prefeitura não especificou as cores que serão adotadas por cada empresa.

Os primeiros ônibus novos deverão chegar às ruas nos próximos meses.

As medidas fazem parte do acordo entre o município e as empresas e seguirão o cronograma divulgado para a climatização da frota, que será implantada gradualmente e deverá estar concluída até setembro de 2020.

A frota de ônibus da cidade conta com sete mil veículos e são transportados quatro milhões de passageiros por dia.

Segundo a prefeitura, o evento de ontem “marca o início da renovação da frota, e cada ônibus que entrar em circulação já chegará nas ruas dentro da nova padronização de cores”.

— Teremos uma frota com conforto e qualidade, que muitos lugares ainda não têm — disse o prefeito Marcelo Crivella.

Essa não é a primeira vez que existe a promessa de climatizar toda a frota no Rio. Em 2013, na gestão do então prefeito Eduardo Paes, a previsão era de que 100% dos ônibus das linhas municipais circulariam com ar condicionado até 31 de dezembro de 2016.

Veículos terão entradas de USB em cada assento para carregar o celular Linhas municipais tranportam quatro milhões de pessoas por dia

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  • 2 semanas depois...
  • 2 semanas depois...

EXTRA

Em depoimento à Justiça Federal, o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei dos Ônibus”, admitiu ontem pela primeira vez que os donos de empresas de transportes contribuíam para um caixa dois formado pela Federação das Empresas de Transportes do Rio (Fetranspor) com a finalidade de pagar políticos e agentes públicos.

Segundo ele, a captação desses recursos começou há aproximadamente 20 anos.

Barata Filho não usou a palavra propina para se referir aos pagamentos, que ocorreram, segundo o Ministério Público Federal (MPF), inclusive em anos não eleitorais. Ele não deu detalhes sobre a forma como os pagamentos eram realizados e informou que o caixa era administrado pelo empresário José Carlos Lavouras, responsável pela interlocução com os políticos. 

Barata Filho contou que, depois de 2009, a contribuição dos donos das empresas para o caixa dois da Fetranspor chegava a R$ 6 milhões.]

O empresário citou que houve repasse de recursos para o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e para o ex-presidente da Casa Paulo Melo, ambos do MDB.

— Realmente existia um caixa gerado pela Fetranspor para pagamentos a agentes públicos no sentido de tentar melhorar o sistema de transportes — disse Barata Filho.

O juiz Marcelo Bretas pediu que o empresário explicasse melhor a declaração.

— O objetivo desse caixa da Fetranspor era buscar a satisfação do usuário e evitar projetos que viessem a prejudicar o setor — respondeu.

Barata Filho declarou que os presidentes da Alerj eram pessoas importantes nesse contexto e que faziam a interface com outros deputados. E disse que os deputados afastados Jorge Picciani e Paulo Melo receberam recursos. 

— Não posso afirmar ser pagamento de propina. Não era eu quem fazia esse acordo com os agentes políticos — afirmou Barata Filho, que, ao ser questionado se outros políticos recebiam contribuições, respondeu : — Com certeza.

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  • 5 meses depois...

O GLOBO

No início deste mês, quando a tarifa dos ônibus municipais subiu para R$ 4,05, o prefeito Marcelo Crivella rebateu as críticas ao transporte público, alegando que uma pesquisa de 2017, encomendada pela prefeitura do Rio de Janeiro, mostrava que os passageiros estavam satisfeitos.

No entanto, dados da Ouvidoria da própria prefeitura — obtidos pelo GLOBO, via Lei de Acesso à Informação — mostram um cenário bem diferente do desenhado por Marcelo Crivella.

Em 2018, os cariocas registraram, em média, uma reclamação sobre o serviço a cada 30 minutos. Foram 18.475 denúncias, um aumento de 28% na comparação com o ano anterior. No caso de alguns problemas, como a má conservação dos coletivos e a falta de veículos em determinadas linhas, o número de queixas quase dobrou.

Segundo dados agrupados pela Ouvidoria, com base no decreto 36.343, de 2012, no ano passado as cinco denúncias com maior número de reclamações foram : má conservação da frota (4.616); falta de veículos (4.105); não parar no ponto (2.628); comportamento indevido do motorista (2.008); e retirada de linha de circulação (1.304). Esta última irregularidade foi a denúncia que mais cresceu em relação a 2017 : 172%.

No top dez das linhas e serviços com mais reclamações em 2018, dois BRTs ocupam as duas primeiras posições : o Transolímpico e o Transcarioca. Na terceira colocação, está a linha 422 (Grajaú-Cosme Vellho).

Usuário da 422, o gestor ambiental Gabriel Oliveira, de 24 anos, conta que, em cerca da metade das viagens, o ar-condicionado não funcionava :

— Fica muito calor no ônibus, porque as janelas não abrem. Como se não bastasse, os motoristas correm muito. Certa vez, um deles entrou na contramão e arranhou cinco carros que estavam estacionados. Fora quando passam em quebra-molas em alta velocidade, e você quase voa.

De acordo com os usuários do 422 que procuraram a Ouvidoria, o mau ou não funcionamento do ar-condicionado é, de fato, o maior problema, com 110 reclamações.

Já a demora do 342 (Jardim América-Castelo) fez a diarista Cristiane de Souza, de 42 anos, se atrasar para buscar as filhas na escola diversas vezes:

— Minhas crianças ficam preocupadas, tendo que esperar, porque esse é o único ônibus que posso pegar para a escola delas. Ainda houve uma vez em que o veículo enguiçou, e nós (os passageiros) tivemos que sair e esperar outro por 40 minutos.

A doméstica Tânia Regina, de 52 anos, também usa a 342 diariamente. Ela é outra a reclamar do tempo de espera :

— É um absurdo. Ficamos mofando no ponto. Além disso, os ônibus são muito sujos e não têm ar-condicionado.

Para evitar distorções nocas ode reclamações que aumentaram entre 2017 e 2018, mas cujo número de denúncias é muito baixo — solicitação de banheiros em terminal rodoviário, por exemplo, que passou de quatro para dez reclamações — foram considerados apenas os problemas que geraram pelo menos um contato por diaco ma Ouvidoria em 2018, em média. Ou seja, no mínimo 365 reclamações.

As reclamações sob reamá conservação da frota aumentaram quase 84%, de 2017 para 2018. No mesmo período, a falta de ônibus em determinadas linhas teve um crescimento de 74%. Nos números enviados pela Ouvidoria, também há pedidos de usuários, como a criação de novas linhas, cujas solicitações dobraram (de 196 para 392), entre 2017 e 2018.

Em nota, a Secretaria municipal de Transportes disse que, em 2018, aplicou 11.404 multas – em média, uma por hora — aos consórcios responsáveis pela operação do serviço. Também informou que é com base nas reclamações registradas na Central 1746 “que realiza fiscalização permanente no sistema, a fim de verificar os serviços ofertados à população”.

Procurado, Marcelo Crivella não se manifestou.

O Rio Ônibus (sindicato que representa as empresas) disse que, mesmo com as dificuldades econômicas que resultaram no fechamento de 14 empresas, centenas de novos ônibus com ar-condicionado foram entregues nos últimos meses.

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