Primeiro episódio que tive que ver duas vezes antes de vir deixar minhas impressões.
E nesse episódio finalmente vemos o nascimento do Chaves, e assim como todo mundo já imaginava, a criação está repleta de licença poética, uma vez que todos os fãs sabem como o menino do barril começou e a inspiração para sua origem.
A narrativa continua a mesma do episódio 03, repleta de detalhes que prendem quem assiste até o fim, a grande diferença aqui e ao meu ver também uma sacada inteligente, foi intercalar a criação do Chaves com flashbacks do Roberto criança, no período que fica uma temporada na casa da tia, que aqui confesso que não entendi porque a mãe mandou só ele e não os irmãos, mas não vou me aprofundar nisso.
Quando o texto vai por esse caminho, evita o marasmo que foi o terceiro episódio, algo que me chamou atenção aqui no meio de toda essa licença poética, foi o momento do parque onde o Roberto teve a ideia da esquete do vendedor de balões e o do dono do imóvel onde ele morava com sua tia indo cobrar o aluguel.
Nessa cena do parque, logo de cara reparei que uma das filhas do Roberto está vestida exatamente com o mesmo figurino que serviu de criação para o Godinez posteriormente, a diferença está só nos modelos da camiseta, não sei se isso foi intencional ou uma simples coincidência mas achei bem curioso.
Na cena do cobrador de aluguel, o que mais me chamou atenção foi a semelhança do ator com o Edgar Vivar, não sei se os outros tiveram a mesma impressão, mas eu tive, aquele cara de óculos e bigode seria o intérprete perfeito do Edgar.
Sobre a criação do Chaves, gostei de como foi conduzido, mesmo os fãs sabendo que tudo ali é 100% ficção, não me incomodou o fato da série ter ido pra 1971 ou de ter sido criado fora do programa Chespirito, ainda que no texto haja alguma confusão em relação a isso, mas sinceramente não é algo que incomoda, série ficcional tem disso, ou do contrário o enredo não dá liga.
Aqui eu acho bacana notar como tudo foi pensando, desde a criação da vila, até os conflitos dos moradores, e também na escolha dos atores, como por exemplo o Carlos num daqueles números de ventriloquismo com o Ruben, o Edgar atraves de um comercial.
Mas aqui o que mais chama atenção é o momento do convite a Florinda, não sei se aqui os filhos do Bolanos quiseram alfinetar ou foi apenas algo da gravação, mas ficou nítido o clima e os flertes de ambos, muito antes do Roberto de fato iniciar um relacionamento com ela.
Ainda sobre a Florinda, na parte da Acapulco enfim vemos o primeiro "embate" da Graciela com a Florinda, se aqui a ideia era expor o lado dela de intromissão nos bastidores, acertaram em cheio, e colocar a Graciela no meio, serviu pra dar aquele molho de novela mexicana no enredo, e no quarto do hotel ainda sobrou pro Roberto, já que a Graciela o questionou por ele não ter se posicionado sobre o ocorrido.
Nessa mesma cena do café se viu também o Carlos plantando intriga contando sobre a treta do Enrique com o Roberto, não sei se irão retratar o envolvimento da Florinda com ele, o que me parece que não, mas na cena em si ficou claro que aquela indireta foi uma provocação gratuita pro Enrique já que ele no final diz que sabe como era "aquilo".
Eu gostei muito desse episódio e todas as modificações para mim não afetaram em nada a narrativa, nunca é demais lembrar, isso é uma SÉRIE FICCIONAL, se quem assiste tá procurando algo 100% fiel a biografia do Roberto, essa série não é para você.
Aguardando pelo quinto episódio.
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