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HISTÓRIA EM QUADRINHOS

O erotismo na história em quadrinhos – 2ª parte

Gays e lésbicas na história em quadrinhos

            Ainternet, certamente, é meio de comunicação eficiente para emancipação das minorias sexuais; antes dela, porém, as histórias em quadrinhos, talvez pela marginalidade sofrida nas origens, acolheram tais minorias antes do rádio ou da televisão. Atualmente, a série “As Destemidas Defensoras”, da Marvel, é praticamente destinada ao público feminino; diferentemente dos homens – Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Homem Aranha e Demolidor –, dominantes nas primeiras publicações da Marvel, as páginas de “As Destemidas Defensoras” são povoadas por mulheres. Alguns homens, quando aparecem, são namorados ou ex-namorados; na 3ª parte da HQ “Defensores sem Medo” nº 2, Hércules, Jack Russel – o Lobisomem –, Doutor Estranho e Punhos de Ferro, entre outros, têm de se haver com as respectivas namoradas Hipólita, Elsa Bloodstone, Clea, Misty Night. No início, “Os Defensores” eram homens solitários: Namor, Hulk, Surfista Prateado e Doutor Estranho; a Valquíria entrou no grupo depois e, atualmente, ela é a única, da equipe original, permanecente no grupo. Na HQ, praticamente só há personagens femininas: vilãs, super-heroínas… entre elas, lésbicas assumidas, por exemplo, a arqueóloga Dra. Annabelle Riggs.

              No que diz respeito à presença de minorias sexuais, talvez o melhor exemplo entre grupos de super-heróis seja “Os Invisíveis”, de Grant Morrison. Grupos de super-heróis, tais quais os X-Men, da Marvel, buscam conciliar diferenças nacionais, incluindo canadenses – Wolverine –, alemães – Noturno –, russos – Colossus – ou africanos – Tempestade –; trata-se de heróis criados para reforçar a noção burguesa de nação, além de defenderem o domínio do imperialismo estadunidense. Não se deve esquecer da escola do professor Xavier ser sediada nos EUA e dirigida por um milionário nascido lá, em que mutantes podem explorar suas habilidades, fato impossível nos lugares de origem, seja por ignorância de populações provincianas – a Alemanha Oriental, pátria de Noturno –, seja por pertencerem a tribos supersticiosas – a tribo africana de Tempestade –. Contrariamente, entre “Os Invisíveis”, há travestis, menores de rua, casais fetichistas etc., fazendo, do grupo, os super-heróis das minorias sexuais, cujos inimigos são, em regra, organizações declaradamente fascistas.

              Fora do universo dos super-heróis, há outros modos de discutir a homossexualidade. Em “Fun home”, de Alison Bechdel, o lesbianismo é discutido além das aventuras de super-heroínas assumindo sexualidades e do gênero erótico, no qual mulheres são retratadas, predominantemente, em cenas de sexo. Em “Fun home”, há mais cenas com livros do que cenas de sexo; cheguei a contar apenas duas cenas de sexo e, pelo menos, trinta e seis cenas com livros; inclusive em uma das cenas de sexo, a referência aos livros aparece explicitamente.

              Na temática gay, Tom Of Finland é, sem dúvida, representante criativo na história em quadrinhos; em suas HQs, marinheiros, bombeiros, policiais vivem aventuras gays sempre divertidas. No mundo de Tom Of Finland, a felicidade e o fetiche são a resistência contra o moralismo; em sua utopia gay, até para as mulheres, quase sempre rejeitadas pelos namorados, os finais são felizes. Em uma história, por exemplo, quando a namorada é preterida, pois o namorado marinheiro prefere fazer sexo com outro rapaz, chama pela polícia; entretanto, o guarda, em vez de autuar o novo casal, junta-se a eles e a moça, em lugar de reclamar, não deixa por menos, recorrendo ao cassetete do policial para se masturbar. No fim, todos têm prazer.

              Quadrinhos semelhantes a “As Destemidas Defensoras” e “Os Invisíveis” são dos dias atuais; o mesmo, dando-se com “Fun Home”, de 2006. Tom Of Finland, porém, é da década de 60 do século passado, fazendo dele contemporâneo dos primórdios da televisão, bem antes da internet. Se hoje a homossexualidade está incorporada à boa parte da cultura ocidental, nem sempre foi assim; Tom Of Finland está entre os pioneiros da emancipação da cultura gay e ele fez isso por meio da história em quadrinhos e do erotismo, ainda hoje, fácil e erroneamente identificado com pornografia.

 

https://causaoperaria.org.br/2023/o-erotismo-na-historia-em-quadrinhos-2a-parte/

 

 

 

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HISTÓRIA EM QUADRINHOS

O erotismo na história em quadrinhos – 3ª parte

Sadomasoquismo e outros fetiches nas HQs

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Por volta dos anos 80 do século XX, a única loja de quadrinhos na cidade de São Paulo era a Muito Prazer, localizada no cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga. Lá havia HQs importadas da Europa e não apenas quadrinhos norte-americanos; foi lá onde eu vi, pela primeira vez, os quadrinhos eróticos sadomasoquistas de Georges Pichard, no caso, a novela gráfica “Marie-Gabrielle en Orient”.

              Sadomasoquistas, atualmente, encontram na internet espaço privilegiado de expressão; no mínimo, a internet expressa as práticas BDSMs enquanto partes de culturas coletivas, complexas e numerosas. Todavia, em 1980, as cenas desenhadas por Pichard, certamente, constituíram os primeiros passos da consciência sexual de muitas pessoas. Marie-Gabrielle não é a primeira personagem SM de Georges Pichard, suas aventuras datam de 1980; antes dela, há as aventuras de Paulete, de 1970, e em Blanche Ephifanie, de 1967, há cenas de sadomasoquismo. Marie Gabrielle está entre séries tais quais “Madoline” e “La voie du repentir”, em que o BDSM, praticamente, organiza e orienta toda a trama.

              Pichard é da década de 60 do século passado; antes dele, nos anos 50, talvez o pioneiro no gênero seja o estadunidense John Willie. Embora ambos sejam autores BDSM, há diferenças significativas entre os trabalhos de J. Willie e G. Pichard: (1) enquanto Willie lembra antigos seriados de cinema, com mocinhas, bandidos e muitas peripécias, Pichard se refere à literatura acadêmica, citando “A Odisseia”, “O livro das mil e uma noites”, “O conde de Monte Cristo”, “Os miseráveis” etc.; (2) o SM de J. Willie está limitado a amarração, algemas, mordaças e algumas palmadas, enquanto o SM de Pichard é próximo dos exageros da literatura do Marques de Sade; (3) quando em ritos masoquistas, as mocinhas de J. Willie quase nunca estão nuas e sempre calçam saltos altos, contrariamente, as mulheres de Pichard aparecem nuas e descalças.

              O detalhe dos pés é importante, pois ele aponta para outro tema erótico das HQs, isto é, a podolatria ou fetiche por pés. Dos saltos altos aos pés descalços, há podolatria tanto em J. Willie quanto em G. Pichard, isso se percebe pela atenção dada por ambos a tal parte do corpo: (1) J. Willie se esmera em desenhar vários tipos de calçados de saltos altíssimos; (2) G. Pichard, nas cenas SM, embora enfeite as personagens com roupas ou adereços, sempre as desenhou descalças. A podolatria, se anos atrás foi considerada perversão sexual, hoje é praticamente modalidade artística, não sendo raro a utilização do termo foot art ou arte dos pés: (1) na fotografia, nas décadas de 60 e 70 do século passado, há o pioneiro Elmer Batters; (2) nos inícios do século XXI, Ed Fox faz arte dos pés; (3) o site www.foot-art.com expõe ensaios de fotografias centrados nos pés femininos.

              Muitos autores de HQs eróticas não são necessariamente podólatras, embora, ao contemplarem a sexualidade, acabem tematizando a podolatria: (1) Milo Manara, embora desenhe pés belíssimos, não parece fixado neles – os pés são belos em Manara porque em sua arte o corpo todo é belo e harmonioso –; (2) Guido Crepax tematiza a podolatria, mas Crepax, em termo de erotismo, ele tematiza tudo, portanto, o fetiche por pés não seria exceção; (3) alguns autores são explicitamente podólatras, por exemplo, Dennis Cramer, com a personagem Mara, quem anda sempre descalça, ou Franco Saudelli, quem insiste tanto nos saltos altos quanto nas mocinhas descalças.

              O BDSM se encontra bastante com a podolatria, todavia, não estão necessariamente relacionados. Nas fotografias de Elmer Batters e Ed Fox, não há sadomasoquismo; já em Dennis Cramer, quando Mara passa por dificuldades ou se fere por estar descalça, há sugestões SM. Em Saudelli, não há BDSM pesado, a única tortura são cocegas, contudo, a bondage é explícita, suas mocinhas estão sempre amarradas ou em vias de serem amarradas; já em Pichard, o SM se encontra constantemente com a podolatria.

              Ao lembrar a tortura com cócegas, ela pode ser considerada gênero no universo dos quadrinhos, basta conferir o site do MTJ Publishing para verificar a quantidade de títulos e autores ali hospedados. Para ilustrar isso, vou citar três autores: (1) com roteiro de Colin e arte de Dr. Random, a série “Ticklish justice” conta as aventuras de Regina O’Reilly, modelo de pés durante a faculdade, formada em Direito e quem, sendo juíza, aplica sempre penalidade de cócegas nos pés das rés; (2) o quadrinista A. Scavenger transforma a tortura com cócegas em obra de arte, vale a pena conferir as HQs “In Extreminis” e “Strange Stories”, nas quais Scavenger insere essa prática no terror e na ficção científica.

              Nos exemplos anteriores, embora o papel de sádico seja realizado tanto por homens quanto por mulheres, quem vive o masoquismo são mulheres; entretanto, não se deve considerar o BDSM apenas desse ponto de vista. No universo dos quadrinhos SM, Eric Stanton, autor estadunidense da década de 70 do século passado, tematiza com frequência o homem submisso diante de mulheres emancipadas e dominadoras; outro bom exemplo do homem no papel masoquista é o clássico da literatura “A Vênus das peles”, de Léopold Sacher Masoch, adaptada para os quadrinhos por Guido Crepax.

              Todos os exemplos citados, no discurso dos moralistas, passariam por pornografia, machismo, diminuição das mulheres perante o olhar masculino, quando não pesam, sobre os autores, acusações de abuso, perversão ou até mesmo loucura; entretanto, tudo isso já foi dito a respeito de gays, lésbicas e transsexuais, cuja tal “pornografia” cuidou de discutir e emancipar tempos atrás, não muito distantes.

              Os críticos da pornografia não deveriam perder de vista que no sexo, além dos sujeitos envolvidos no ato, contemplam-se os ritos sexuais praticados, entre eles, BDSM e demais fetiches, discutidos com engenho e arte por artistas fantásticos, entre eles, os melhores do gênero HQ, por exemplo, Guido Crepax, talvez o melhor quadrinista de todos os tempos.

              Eis os trechos das HQs e fotografias citadas anteriormente:

1-Madoline-768x1084.jpg

2-Voie-768x1057.jpg

 

 

 

3-j-w-1-800x1024.jpg

4-Elmer-1011x1024.jpg

5-Ed-Fox-768x1108.jpg

6-Dennis-C-405x1024.jpg

7-Saudeli.jpg

 

8-T-Justice.jpg

9-Cocegas.jpg

 

10-SM.jpg

11-Venus-768x1074.jpg

https://causaoperaria.org.br/2023/o-erotismo-na-historia-em-quadrinhos-3a-parte/

 

 

 

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