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Crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela


R.N.

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Postado

Crise na América do Sul

A crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela teve início no último sábado (1º), quando o Exército colombiano anunciou que matou o número 2 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

Reyes, que tinha 59 anos, era considerado um dos homens da linha dura das Farc e braço direito do fundador da guerrilha, Manuel Marulanda ("Tirofijo"), de quem era genro. Ele foi morto com pelo menos mais 10 guerrilheiros durante uma operação nas proximidades de Teteyi, no departamento de Putumayo, que faz fronteira com o Equador.

Logo após a incursão colombiana em território equatoriano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou a saída de todos os funcionários da embaixada em Bogotá. "Por favor, chanceler (Nicolás) Maduro, feche a embaixada e mande que todos voltem", afirmou Chávez. Ele ordenou ainda ao ministro da Defesa, Gustavo Rangel, que enviasse "dez batalhões para a fronteira com a Colômbia".

"Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império (Estados Unidos) e nem o seu cachorro venham a nos atacar", completou. Chávez criticou Álvaro Uribe, a quem acusou de "mentiroso, criminoso e mafioso", entre outras coisas, pelo que considera uma "flagrante violação da soberania do Equador".

Desculpas

Após os pronunciamentos de Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a retirada de seu embaixador em Bogotá, Francisco Suéscum (que tinha classificado como "ato de guerra" o ataque militar colombiano), e a posterior "expulsão imediata" do embaixador da Colômbia em Quito, Carlos Holguín. Correa também solicitou uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Comunidade Andina de Nações (CAN) para tratar do ataque.

Tentando minimizar o confronto, no domingo (2) o governo colombiano pediu desculpas ao Equador pela incursão na "zona de fronteira" de helicópteros colombianos. O comunicado lido em Bogotá pelo chanceler colombiano, Fernando Araújo, acrescenta que a ação consistiu na "entrada de helicópteros colombianos com pessoal das Forças Armadas no território equatoriano, para verificar o local".

Em cadeia nacional de televisão, Correa informou que tinha ordenado a "mobilização de tropas" na fronteira com a Colômbia e exigiu do presidente colombiano, Álvaro Uribe, não só desculpas, mas também "compromissos firmes de respeito ao Equador".

Documentos

No meio da crise, o governo da Colômbia acusou o presidente equatoriano de ter compromissos com as Farc e revelou documentos que mencionam o interesse de Quito de manter relações com a guerrilha.

"Os documentos levantam perguntas que merecem respostas concretas, que revelem à Colômbia e ao mundo qual é o estado da relação do governo equatoriano com um grupo terrorista como as Farc", disse em Bogotá o general Oscar Naranjo, chefe de polícia.

Os documentos foram encontrados em um dos três computadores pertencentes a Raúl Reyes.

Relações com as Farc

Além dos documentos que ligam o Equador às Farc, o governo colombiano anunciou nesta segunda-feira (3) que levará ao conhecimento da ONU (Organização das Nações Unidas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos) "revelações sobre acordos do grupo terrorista Farc com os governos do Equador e da Venezuela". Também informou que não mobilizará tropas à fronteira.

"O governo expressa sua preocupação por acordos que possam existir entre as Farc e os governos do Equador e Venezuela, que violam as normas internacionais em sua proibição de os países abrigarem terroristas", afirmou Cisar Mauricio Velásquez, assessor de imprensa da Presidência, lendo uma nota oficial do governo.

Mediação brasileira

Na segunda-feira, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que tomaria medidas diplomáticas para tentar solucionar a crise que se instalou na região.

Segundo Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República, o governo brasileiro usará os canais diplomáticos para mediar os problemas políticos gerados após a operação militar colombiana.

“O presidente Lula conversou com [o chanceler] Celso Amorim, que está tomando as medidas necessárias. Acho que nós vamos mobilizar toda a força da diplomacia brasileira e de outras capitais sul-americanas para reduzir ao máximo a tensão e procurar encontrar uma solução duradoura para esse problema”, disse Marco Aurélio Garcia em entrevista à rádio "CBN", nesta segunda-feira (3).

Garcia contou ainda que Lula tem o assunto na pauta para o encontro com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. “Há interesse do Chile também em coordenar as operações”, afirmou.

“Agora, o mais importante é reduzir ao máximo a tensão”, disse. “Respeitamos as medidas dos países, não queremos interferir nas medidas internas, mas não podemos ser indiferentes”, completou.

Postado

Equador rompe relações diplomáticas com a Colômbia

Rompimento ocorre após ataque colombiano a guerrilheiros em território do Equador.

Colômbia acusa vizinho de manter acordo com as Farc.

O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia nesta segunda-feira (3) após tropas colombianas matarem um líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em território equatoriano, informou o Ministério das Relações Exteriores colombiano

"O governo do Equador decidiu romper relações diplomáticas com o governo da Colômbia a partir desta data", disse uma carta enviada pelo Ministério das Relações Exteriores do Equador a Bogotá.

"Diante de uma sucessão de fatos inamistosos e de acordo com o estabelecido pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas em 1961, o governo do Equador decidiu romper relações diplomáticas com o governo da Colômbia, a partir desta data", informa uma carta de Quito entregue à agência France Presse em Bogotá.

No comunicado, o governo de Quito "rejeita energicamente" a acusação formulada pelo diretor da polícia colombiana, general Oscar Naranjo, sobre vínculos do governo de Rafael Correa com a guerrilha das Farc.

Acusações

O governo colombiano anunciou que levará ao conhecimento da ONU (Organização das Nações Unidas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos) "revelações sobre acordos do grupo terrorista Farc com os governos do Equador e da Venezuela". Também informou que não mobilizará tropas à fronteira.

As provas, segundo a Colômbia, seriam dois documentos encontrados no computador do líder das Farc, Raúl Reyes -cuja morte neste final de semana precipitou o conflito na América do Sul. Esses documentos comprovariam, ainda segundo o governo colombiano, que o ministro equatoriano de Segurança, Gustavo Larrea, visitou Reyes em janeiro em nome do presidente do seu país, Rafael Correa.

A presidência colombiana divulgou os fac-símiles de duas cartas em que Reyes informa aos demais membros da cúpula das Farc sobre as reuniões com Larrea, uma em 18 de fevereiro e a segunda no dia 28 do mesmo mês, um dia antes de sua morte em um ataque das tropas colombianas em território equatoriano.

"Fomos visitados pelo ministro de segurança do Equador, Gustavo Larrea, de agora em diante tratado como 'Juan', que em nome do presidente Correa saudou o camarada Manuel" - lê-se no primeiro texto.

Larrea teria demonstrado a Reyes o "interesse do presidente (Correa) de oficializar as relações com a direção das Farc" e sua "disposição de coordenar atividades sociais de ajuda aos povoados na fronteira, além do intercâmbio de informação".

Resposta

O embaixador equatoriano em Bogotá, Francisco Suescum, classificou de "grande mentira" os documentos revelados pela presidência colombiana e acrescentou que "o governo do Equador, o presidente Correa e o ministro Larrea jamais poderiam ter uma atitude dessa natureza".

Por sua parte, o vice-ministro equatoriano de Defesa, Miguel Carvajal, negou que seu país tenha relações com as Farc. "Nós não temos relações com grupos irregulares e lamentamos muito essa tentativa de nos envolver" com as Farc, disse Carvajar à rádio Caracol.

O ministro coordenador de Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, confirmou, entretanto, que em janeiro se reuniu com o guerrilheiro Raúl Reyes. Larrea disse ao site "Ecuadorinmediato" que discutiu com "Reyes" exclusivamente sobre a libertação dos seqüestrados da guerrilha.

"Essa reunião se desenvolveu no mês de janeiro, fora da Colômbia e fora do Equador", informou Larrea.

Fonte: G1

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O negócio tá realmente sério, se as negociações não derem certo, é possível um conflito armado entre os dois países.

Postado

Muito bom, hein? E culpa de quem? Tinha que ser o Chávez mesmo!

Postado

Calma, isso tudo é invenção de olavete ^_^

Postado

jogaram uma bomba ... no cabaré !

Postado

Mas é uma anta mesmo esse nosso presidente...ao invés de manter-se neutro, agindo como mediador da região, tomou as dores do Equador.

E o Chávez tá adorando tudo...

Tô dizendo, vamos acabar virando uma nova União Soviética...

Postado

Com a intromissão dos EUA na parada, só aumenta a tensão.

O Chavéz deveria ficar na dele e esquecer de fazer pressão contra o Uribe. A Colômbia também tem armas potentes!

Reverendo Majo Jojo
Postado

IEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIII !!!

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