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Mesmo sem a intenção de tornar a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos um grande teste para a Copa do Mundo 2026, que o país dividirá com Canadá e México, a Fifa tem tido um intensivão em solo americano.
O evento também entre os meses de junho e julho, terá entre os desafios as tempestades de verão que têm impactado algumas partidas do torneio de times.
Até o momento, seis jogos sofreram com paralisações após alertas do Serviço de Meteorologia dos Estados Unidos : Chelsea x Benfica (Charlotte), Benfica x Auckland e Mamelodi Sundowns x Ulsan (Orlando), Pachuca x Salzburg (Cincinnati), Boca Juniors x Auckland City (Nashville) e Palmeiras x Al Ahly (Nova Jersey).
O caso mais emblemático foi do confronto entre Chelsea x Benfica. A minutos do fim, quando os ingleses venciam por 1 a 0, a partida foi interrompida pela ameaça de raios por duas horas.
O jogo retornou, os portugueses empataram e o jogo foi para a prorrogação — o time inglês venceu por 4 a 1, no fim.
O protocolo imposto por leis americanas e respeitado pela Fifa foi criticado pelo técnico do clube da Premier League, Enzo Maresca.
— É uma piada, isso não é futebol — disse o treinador, que criticou a escolha de sedes suscetíveis aos extremos climáticos e o prejuízo das paralisações à qualidade do jogo do ponto de vista físico e mental.
O protocolo de segurança, que tem variações de acordo com a legislação de cada estado, é levado realmente a sério os riscos causados pela intensa atividade elétrica nos Estados Unidos. Há motivos para isso. Até 2010, a média de mortes por raios chegava a quase 80.
A Fifa pretende seguir à risca os alertas e as recomendações dos Estados Unidos na Copa do Mundo 2026. A cada ameaça de tempestades de raios, que graças à tecnologia pode ser monitorada quase em tempo real, a entidade e a autoridade local decidem pela paralisação ou não do evento. O árbitro do jogo é informado, repassa o anúncio às comissões técnicas e o público precisa evacuar as arquibancadas abertas. O retorno da partida só acontece após 30 minutos da última atividade elétrica nas imediações do estádio.
Não há a intenção de remarcação dos jogos em caso de paralisações longas em virtude dos alertas climáticos, o que poderia mexer com toda a logísticas das seleções e torcedores envolvidos.
A Fifa, no entanto, trabalha com os órgãos especializados do país, pois sabe que as condições, em algumas cidades, serão bem semelhantes ao que se vê agora. Sobretudo pelos horários das partidas, que, normalmente, são marcadas conforme o fuso da Europa. As tempestades se concentram, sobretudo, de meio-dia às 18h.
Das cidades afetadas até agora, apenas Nova Jersey receberá jogos na Copa do Mundo de 2026 — serão oito jogos, incluindo a final no dia 19 de julho.
Mas há outros estádios localizados em regiões historicamente afetadas por tempestades elétricas.
A Flórida, por exemplo, é conhecida como a ‘capital dos raios’ dos Estados Unidos, com mais de dois mil feridos nos últimos 50 anos. O estádio de Miami vai receber sete partidas no Mundial.
Cidades do sudeste e do meio-oeste americano também estão entre as localidades com maior incidência de tempestades elétricas, como Atlanta, Houston, Dallas e Kansas City. Mas as três primeiras contam com estádios cobertos. Ao todo, os Estados Unidos vai receber 78 jogos da Copa do Mundo.
— O que vocês estão vendo agora é bem típico. Nada disso é incomum. No próximo ano, pode ser que passemos pela mesma coisa —, disse Ben Schott, chefe de operações do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS), em entrevista ao site The Athletic.
Fonte : https://oglobo.globo.com/esportes/mundial-de-clubes/noticia/2025/07/02/copa-do-mundo-de-clubes-paralisacoes-por-tempestades-de-raios-devem-se-repetir-no-mundial-de-2026.ghtml
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