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[O Que é a Teoria Queer? - Carmen Hernández Ojeda]

Monique Wittig, poeta, militante, ensaísta queer mais influente do último terço do século XX, acaba de falecer no Arizona aos 67 anos. Suas obras L'Opoponax (1964), Les Guérrillères (1969) e El Cuerpo Lesbiano (1973) revolucionaram o feminismo e a escrita sobre o desejo. Em El Cuerpo Lesbiano, Wittig explicita o desejo lésbico como nunca se havia feito até o momento, com uma linguagem que se rasga violentamente e que mostra a própria decomposição da subjetividade. Em 1970 Wittig participa da criação do primeiro grupo de lésbicas na França, Les gouines rouges (as lésbicas vermelhas). Em seu ensaio mais radical, "The straight mind" (1980), Wittig subverte a tradição do feminismo heterocêntrico, e inventa a expressão que a fará famosa no mundo inteiro: "as lésbicas não são mulheres". Nesta obra Wittig mostra como que "a mulher" é uma categoria política que surge no quadro de um discurso heterocêntrico. O pensamento de Wittig é um dos pilares fundamentais da teoria queer, razão porque, com o motivo do desaparecimento desta pensadora, oferecemos um artigo sobre este movimento.

O que é a teoria queer? O que significa esta palavra que tanto custa traduzir para o português? Precisaríamos de muitas páginas para explicar os significados e as críticas deste termo e teoria (ainda que devêssemos dizer teorias, porque existem várias correntes) que lentamente está se instalando no mundo. Assim só pretendo abrir um pouquinho a panela de pressão na qual se encontra o conceito queer na cultura ocidental e darmos uma olhada pra ver o que existe dentro. Depois, se o apetite ou a curiosidade for aberta, existem muitos sites aonde continuar a busca.

Em primeiro lugar, o "queer" é uma resposta. Uma reação de um setor da população gay, lésbica, transexual e transgênero dos Estados Unidos ante o caminho que havia tomado o movimento homossexual mais influente. No princípio dos anos 90, essa frente mais visível, havia se convertido em defensora de um status conservador. Parecia que o movimento de liberação sexual se constituía somente de homens, homossexuais, brancos, de classe média alta, sãos... Super divinos. Todos iguais. O resto (lésbicas, maricas, drag kings, drag queens, sados, soropositivos, transexuais, não-brancos, etc.) existia apenas nas agendas dos lobbys homossexuais. Do espírito revolucionário de Stonewall ficava apenas nada: na busca por aceitação social, chegou-se a afastar aqueles que pudessem dificultar esse processo.

Mas houve gente que falou dessa situação e começou a se reunir, a refletir sobre a luta, a identidade e a diversidade. E daí surgiu o pensamento queer. Foram pegas idéias de Michel Foucault e de Monique Wittig, e pensadoras como Judith Butler, Eve K. Sedgwick, Donna Haraway e Teresa de Lauretis publicaram textos que questionavam diversos aspectos da teoria feminista e dos estudos gays e lésbicos, um processo que segue ainda em marcha.

(...)

para saber mais:

http://www.myspace.com/doiscorpos

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http://www.myspace.com/doiscorpos

;)

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